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Sinopse

Embora visto desde os cânones da Antiguidade como o maior lírico grego e integrando posteriormente os círculos literários europeus, não se pode dizer que Píndaro seja um autor tão lido como Homero ou Platão. A nossa percepção dos seus versos é a de uma poesia hermética. Dos Epinícios, foram menos lidas as odes Nemeias (tema deste livro) e as Ístmicas, o que, em parte, poderá dever-se ao lugar que ocupavam dentro daquele conjunto (na edição alexandrina, de Aristófanes de Bizâncio) – em último lugar, as Nemeias (em terceiro, as Ístmicas); aquando da passagem de rolo a codex, as Nemeias passaram para terceiro lugar. De facto, a tendência para seguirmos o que foi sendo instituído pela tradição pode gerar uma força de verdade difícil de contrariar. No entanto, o livro das Nemeias inclui composições que constituem também grande poesia. Tendo como ensejo os Jogos Nemeus, os seus versos interpelam o nosso espírito com formulações que metamorfoseiam os homéricos, os hesiódicos (e outros) e versam sobre o destino humano, a cidade ou a poesia (a que Píndaro se refere como sophia) e a linguagem.

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Autor

Maria Mafalda Viana

MARIA MAFALDA VIANA é helenista e ensaísta. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Clássicas / Variante de Estudos Clássicos e Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também fez mestrado. Foi professora em várias instituições, nomeadamente na Universidade do Algarve, onde se doutorou e passou a professora auxiliar.
Fez um trabalho de pós-doutoramento sobre Píndaro (financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia) na Universidade de Lisboa (Centro de Estudos Clássicos), onde também leccionou. Oradora em vários encontros e palestras em escolas, bibliotecas, museus e centros culturais, são de salientar as dezenas de conferências que proferiu no Centro Cultural de Belém, integradas no projecto «Literatura e Humanidades» de Vasco Graça Moura. Tem várias publicações (artigos, ensaios, traduções) sobre Píndaro, Homero, Ésquilo, Platão, poesia latina, Camões, Vasco Graça Moura, poesia, mito, e cultura europeia. Na Tinta-da-china, publicou a sua tradução do Banquete de Platão. É amiga do Arquivo e Biblioteca Ephemera, em cujas actividades participa e no âmbito do qual tem desenvolvido trabalhos variados.


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