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Sinopse

Os poemas deste livro de Amadeu Baptista vivem, portanto, de subtis dicotomias, são agenciados por subtis dicotomias: o contar e o cantar, o evanescente e o concreto, a vida e a morte, a lembrança e o esquecimento. Na casa que todos os poemas são, há um discurso que conta, nem sempre canta, mas nem por isso recua em face da possibilidade de assaltar o leitor com enigmática carga expressiva, como se, num volte-face de tom, o poema que conta quisesse abarcar a sugestão. Alguns exemplos: «Andros», «Antípaxos», «Argos», entre muitos outros que se organizam em função de uma imagem-símbolo, ou de uma frase-imagem que promove o desenvolvimento dos versos subsequentes, numa apertada malha de sintagmas, de orações que emolduram o quadro projetado: «O coração está aceso durante a vigília/ para que uns durmam e outros/ perscrutem a escuridão e defendam/ o poço.

Bebemos água noturna a mais fresca, a mais mansa, a que a lua escolheu/ para se aproximar dos homens e brilhar/ nas suas gargantas».

Do prefácio

António Carlos Cortez,

Lisboa, Julho, 2021

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Autor

Amadeu Baptista

Nasceu no Porto, a 6 de Maio de 1953. Publicou o seu primeiro livro, As Passagens Secretas, em 1982. Dos mais de quarenta livros de poesia publicados destaca: Poemas de Caravaggio, Prémio Nacional de Poesia Natércia Freire, 2007 e Prémio Literário João Lúcio, 2008; Açougue, Prémio Espiral Maior, Espanha, 2008, e Um Pouco Acima da Miséria. Prémio de Poesia Cidade de Ourense, Espanha, 2013. Publicou em 2017 uma larga Antologia que comemora os seus 35 anos de actividade literária, Caudal de Relâmpagos. Tem no prelo um novo livro de poesia, Escrito na Grécia, recentemente galardoado com o Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho, 2021. Alguns dos seus livros infanto-juvenis foram incluídos no Plano Nacional de Leitura. Colaboração dispersa em jornais, revistas, livros colectivos e antologias nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, E.U.A., Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Luxemburgo, México, Portugal, Roménia e Uruguai. Alguns dos seus poemas foram traduzidos para alemão, castelhano, catalão, croata, francês, hebraico, inglês, italiano, mandarim e romeno. É tradutor de poetas espanhóis, gregos e escandinavos.

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