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Sinopse
O Declínio da Mentira, sendo um ensaio que vale por si próprio, inscreve-se numa longa tradição do pensamento ocidental, ou seja, a da permanente tensão entre a arte e a vida. Oscar Wilde é eminentemente moderno neste texto, e a sua ironia profunda realiza todo o programa do romantismo, sumariado na famosa definição de Yeats: «A verdade é beleza, a beleza é verdade». Esta identidade é, porém, sempre precária e, de certo modo, o esteticismo de Wilde é o melhor sinal dessa precaridade, pois a vida não sofre lições da arte, embora seja a arte que a «salva» na sua melhor forma. Entre a afirmação de Wilde de que «a derradeira revelação é que a mentira, o acto de contar belas coisas não verdadeiras, é o propósito exclusivo da arte» e o paradoxo de Pessoa para quem «o poeta é um fingidor,/que chega a fingir que é dor/a dor que deveras sente», surge uma superação do esteticismo, que deixa entrever o sofrimento como a verdade da arte, e não o belo. O Declínio da Mentira, de Oscar Wilde, é um ponto de passagem essencial para pensar esta questão.
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