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O Declínio da Mentira e a Alma do Homem e o Socialismo

Oscar Wilde

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Sinopse

Gozar a Natureza! Alegra-me poder dizer que se trata de uma faculdade que eu perdi completamente. Dizem-nos que a Arte nos faz amar a Natureza mais do que a amávamos antes; que nos revela os seus segredos; e que, depois do estudo atento de Corot e de Constable, passamos a ver nela coisas que tinham escapado à nossa observação. A minha própria experiência é que, quanto mais estudamos a Arte, menos nos ocupamos da Natureza. O que a Arte realmente nos revela é a ausência de propósito na Natureza, as suas curiosas grosserias, a sua monotonia extraordinária, a sua condição absolutamente incompleta. A Natureza tem boas intenções, evidentemente, mas, como disse uma vez Aristóteles, não é capaz de as levar por diante. Quando olho para uma paisagem, não posso impedir-me de ver todos os seus defeitos. É, todavia, uma sorte para nós que a Natureza seja tão imperfeita, uma vez que de outro modo, pura e simplesmente, não teríamos arte. A Arte é o nosso protesto enérgico, a nossa denodada tentativa de ensinarmos à Natureza o lugar que lhe é adequado. Quanto à variedade infinita da Natureza, trata-se de um puro mito. É coisa que, na própria Natureza, não se encontra. Reside na imaginação, ou na fantasia, ou na cegueira cultivada do homem que olha para ela.

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Autor

Oscar Wilde

Oscar Wilde (Dublin, 1854-Paris, 1900) foi talvez o mais importante dramaturgo da época vitoriana. Criador do movimento dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra, um livro de poemas, em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro, no ano seguinte. Em 1884, casou com Constance Lloyd, e a partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como O Leque de Lady Windemere, Um Marido Ideal e A Importância de se Chamar Ernesto, e um único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por muitos como a sua obra mais bem conseguida. Mordaz e irónico, Oscar Wilde alcançou enorme sucesso com as suas comédias de salão. Porém, em 1865, foi atingido pela adversidade: acusado de homossexualidade, foi violentamente atacado pela imprensa, tendo caído em desgraça. O processo judicial em que se viu envolvido levou-o à prisão, ao ser condenado a dois anos de trabalhos forçados. Cumprida a pena, abandonou definitivamente Inglaterra e fixou-se em Paris, onde viria a morrer em 1900.


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