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Pais Sem Pressa

Pedro Strecht

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12,40 € 15,50 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Em média, uma mãe ou um pai passam 37 minutos por dia com o seu filho. Uma criança até aos 10 anos passa diariamente 8 horas na escola. Um recluso passa mais tempo ao ar livre do que uma criança em idade escolar. Uma criança ou adolescente passa mais de 2 horas e meia por dia diante de um ecrã. Num tempo em que as relações são substituídas pelas conexões, em que tudo se tornou público e potencialmente “viral”, desde a barriga da mãe durante a gravidez ao primeiro choro do bebé quando nasce, não espanta que certos jovens sonhem ser youtubers profissionais, para serem conhecidos em todo o mundo e ficarem ricos sem fazer quase nada. Estar on tornou-se, sem dúvida alguma, estar in e contar likes a solução omnipotente para evitar o contratempo de um dislike. A exposição do próprio perante o outro é um pilar do modelo prioritário de comunicação e relação e a epidemia da criança superprotegida que se torna “rei” ou “rainha” e tiraniza a vida dos pais é uma realidade que tem tanto de confrangedor como de assustador – a sociedade atual parece incapaz de lidar com o seu próprio limite. Hoje, é comum os pais estarem em contacto permanente, obrigados a responder ao minuto, ou até ao segundo, tanto no trabalho, do qual sentem dificuldade em desligar-se, como na vida pessoal e familiar. O ritmo de vida é diabolicamente rápido. Quanto mais se faz ou responde, mais necessidades se criam. A espiral não pára e induz a presença da mesma queixa comum entre pais e filhos: não há tempo!

Neste livro, o prestigiado pedopsiquiatra Pedro Strecht defende que é urgente evitar que o tempo tecnológico nos controle a nós e aos nossos filhos e se nos imponha de modo ditatorial. A falta de distância expulsa a proximidade. Impõe-se, por isso, a necessidade de repensarmos a vida familiar, repleta de tarefas e de horários exigentes, e de a alinharmos pela noção temporal que a natureza oferece. Porém, embora o tempo natural esteja intimamente ligado ao tempo biológico, isto é, àquele que preside ao desenvolvimento físico e emocional das pessoas, o contacto das crianças portuguesas com a natureza tem-se tornado deficitário. Há, então, que modelar ritmos e desenvolver novos padrões de vida e isso implica uma noção consciente e integrada do tempo. Porque o ócio nos parece um luxo, é fundamental saber parar, organizar, construir novas rotinas, que alternem velocidade, resposta e eficácia com desaceleração, pausa, tranquilidade e harmonia.

Pais Sem Pressa é um convite ao que parece ser a necessidade de um novo paradigma de vida psicossocial: a presença da pausa.

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Autor

Pedro Strecht

Pedro Strecht nasceu em 1966. Terminou o curso de Medicina em 1989 (Universidade Nova), é especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência (Pedopsiquiatria) desde 1995 e autor de mais de cinquenta livros. Fez estágios na sua área clínica em Londres e Oxford.

Exerceu diversas funções ao longo da sua vida profissional: foi professor do Ensino Secundário e do Ensino Superior, médico no Hospital de Dona Estefânia, no Chapitô, nos Centros Educativos da Bela Vista e Padre António de Oliveira, no Centro Dr. João dos Santos — Casa da Praia, que dirigiu enquanto IPSS e na Cooperativa A Torre. Foi supervisor do Projeto de Apoio à Família e à Criança Maltratada, colunista da revista Pais e Filhos e do jornal Público, coordenou a Equipa de Intervenção Psicossocial do Gabinete de Reconversão do Casal Ventoso e também a Equipa de Intervenção em Crise da Casa Pia de Lisboa. Trabalhou na ART — Associação de Respostas Terapêuticas e num Lar de Infância e Juventude Especializado, GPS (em Castro Verde).

Recentemente, presidiu à Comissão de Investigação de Abusos Sexuais de Crianças por Membros da Igreja Católica Portuguesa, tendo sido distinguido em equipa com a medalha de ouro do Prémio Direitos Humanos, atribuído pela Assembleia da República.

Atualmente, trabalha em consulta privada em Lisboa. Tem como outros interesses fundamentais a música, a literatura, a escrita, o desporto e a natureza. É casado, pais de três filhos e tem uma cadela.

Sabe muito bem que não é perfeito e, por isso mesmo, continua a gostar de trabalhar com crianças e adolescentes e respetivos pais, com quem sente que todos os dias aprende a ser melhor médico e melhor pessoa. Numa época de afirmação da ciência e tecnologia, guiada por fatores económicos, gosta de valorizar todas as formas de expressão artística e, um dia, aspira a ser apenas reconhecido enquanto humanista.

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