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Sinopse

As voltas que o mundo dá. E fica tudo dito, neste movimento, da terra sobre si para que contemos as revoluções, neste nó que o destino dá aos planos de cada qual, as tonturas da pressa como as da travagem brusca. Dois amigos que há muito se não viam reencontraram-se. E logo ergueram planos, vários, que foram pondo em movimento, em invariável busca do cruzamento entre imagem e palavra. Estavam nisto quando regressaram os dias que pareceram um só, estendido até perder de vista. Suspenderam-se os encontros e os abraços congelaram no ar. Era o confinamento. Diz um: as nuvens olham por nós, envolvem-nos em silêncio. Podem absorver maus pensamentos, só por lhe devolvermos um olhar paciente, diz o outro. O primeiro escolhia a nuvem vista da sua janela de último andar e logo transmitia desafio, travando a passagem das massas fascinantes. O segundo na varanda do seu derradeiro andar parado antes do céu acompanhava a dança sem marcação, na absoluta liberdade da recolha de ecos do mundo e do espírito das palavras. O parágrafo só se fechava, entre o delírio e a trova, a observação e o pensamento, com o espelho da fotografia. No recolhimento imposto pela catástrofe estes dois amigos, que vivem ambos rente ao céu, impedidos de o fazer de copo na mão, insistiram no jogo dos vasos comunicantes. E prolongaram-no em filmes, em exposições, neste livro. O mais limpo dos céus contém a promessa de nuvens. Mas a névoa não tem que significar mau tempo. Sigamos o sopro e os ventos.

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Autor(es)

João Francisco Vilhena

Guionista para filmes de animação («Algo importante», com João Fazenda; «Um degrau pode ser um mundo», com Daniel Lima; «Diário de Uma Inspectora do Livro dos Recordes», com Tiago Albuquerque) e autor de, entre outros, «João Fazenda – Combo», Assírio & Alvim, 2009 (ensaio); «Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte», com Miguel Rocha, Parceria A. M. Pereira, 2006 (bd); «Stuart – A Rua e o Riso», Assírio & Alvim, 2006 (ensaio); «Tango», com ilustrações de Murai Toyonobu e fotografias de Rafael Navarro, Afrontamento, 2005 (ficção); «Fotobiografia de Rafael Bordalo Pinheiro», Assírio & Alvim, 2005 (ensaio); «Travessa do Calado», Novo Imbondeiro, 2003 (ficção); «Nós Somos os Mouros», com vários autores, Assírio e Alvim, 2003 (bd); «À Esquina», com Pedro Burgos, Campo das Letras, 2003 (bd). Escreveu para a infância, por exemplo, «A História Secreta de Pedro e o Lobo», com João Fazenda, Assírio & Alvim, 2007; «A Árvore que dava olhos», com Maria Keil, Calendário, 2007; «Canção da Onda, da Rocha e da Nuvem», com Tiago Manuel, Afrontamento, 2005; «Viagem no Branco», com Miguel Rocha, Afrontamento, 2004; «O Homem Bestial», com Maria João Worm, Afrontamento, 2004; «História de um Segredo», com André Letria, Afrontamento, 2003. Dirigiu desde a sua abertura, em 1996 até 2002, a Bedeteca de Lisboa. Comissariou inúmeras exposições. Foi director do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada. Fundou a revista Lua Cheia, foi redactor na Cosmopolitan e nos programas Escrita em Dia, na SIC e Sociedade das Belas Artes, da SIC Notícias. Assinou crónicas na TSFe no jornal Expresso (Portugal). Colaborou em inúmeras publicações, nacionais e estrangeiras. Foi coordenador editorial da revista Ler e editor de ficção e ensaio da revista Ícon. Fundou e dirige a editora Abysmo.

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João Paulo Cotrim

João Paulo Cotrim (Lisboa, 13 de março de 1965 - 26 de dezembro de 2021) foi um jornalista, escritor e editor português. Foi o fundador da Abysmo.

A escrita estava-lhe no sangue: guionista para filmes de animação (Fado do Homem Crescido, com Pedro Brito, ou Sem Querer, com João Fazenda, entre outros), escreveu também novelas gráficas (Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte), ficção (O Branco das Sombras Chinesas, com António Cabrita), ensaios (Stuart – A Rua e o Riso ou El Alma de Almada El Ímpar – Obra Gráfica 1926-1931), aforismos (A Minha Gata) e poesia (Má Raça, com Alex Gozblau), além de histórias para as mais disparatadas infâncias (por exemplo, Querer Muito, com André da Loba).

Dirigiu desde a sua abertura, em 1996, e até 2002, a Bedeteca de Lisboa, tendo organizado um sem-número de edições, iniciativas e exposições (por exemplo, Jogo da Glória – O Século XX Malvisto pelo Desenho de Humor). Assinava, no Hoje Macau, a crónica semanal Diário de um Editor.

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