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A Construção Jurídico-Política do Estado Social em Portugal durante o Estado Novo (1933-1974)

Filipe de Arede Nunes

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Sinopse

Prefácio

A obra que agora se apresenta foi aprovada, com a mais alta distinção, como dissertação de Doutoramento em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na especialidade de ciências histórico-jurídicas.
O Professor Filipe Arede Nunes já tinha dedicado a sua tese de mestrado ao estudo das ideias políticas e jurídicas do século XX. Agora concentra-se na evolução da ideia social, em especial, na construção do Estado social no final do regime instaurado pela Constituição de 1933. A temática é de grande relevo, quer como hermenêutica dos tempos históricos, quer como chave intelectual para entender as escolhas que se colocam na actualidade, quer aos Estados quer às sociedades - de bem-estar, providência, welfare, abundância. De facto, múltiplas publicações científicas em toda a Europa procuram compreender este tema, que pode ser investigado sob múltiplos ângulos. Contudo, a hiperespecialização do conhecimento histórico a que vamos assistindo aduz frequentemente problemas gerais de coerência na construção da narrativa histórico-jurídica. Ao recortar o conhecimento por disciplinas apresentadas como história económica, social, jurídica, das ideias, do pensamento político, entre muitas outras, a ciência histórica conduz muitas vezes a um fechamento epistemológico, para utilizar uma sugestão impressiva de Bachelard. Fechamento que significa fragmentação da reconstrução histórica do passado, próximo ou distante, dificuldade em fixar fronteiras entre disciplinas, corte arbitrário na selecção das fontes históricas.
Assim se compreendem as preocupações metodológicas do Autor, expostas no início desta obra e desenvolvidas de modo coerente ao longo dela. Ao delimitar a metodologia ao estudo da história do pensamento político, quando o tema é o da construção jurídico-política do Estado social, fica claro que o Estado social de que se fala na tese não respeita à organização do Estado, à ciência da administração ou à ciência do direito, mas, mais exactamente, aos grandes conceitos e ideias que sustentaram um novo modo de pensar a política.
A originalidade do presente livro deve ser sublinhada, logo no plano das fontes utilizadas. Compreender as metamorfoses do Estado no século XX e as tarefas de construção do Estado social não pode ser feito unicamente através da leitura da literatura política, isto é, dos livros intencionalmente políticos. Ainda mais, obviamente, em relação a uma época, o Estado Novo, em que se encontrava operante a censura a todo o tipo de publicações. (...)

Prefácio de António Pedro Barbas Homem

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Autor

Filipe de Arede Nunes

Professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa desde 2015, onde leciona desde 2008, principalmente nas áreas da História das Ideias Políticas, História das Relações Internacionais, História do Estado e Direito Romano. Doutor em Direito na especialidade de ciências Histórico-Jurídicas (2015), com a dissertação intitulada “A construção jurídico-política do estado social em Portugal durante o Estado Novo (1933-1974): contributo para o estudo da história do pensamento político em Portugal” e Mestre em Direito, na especialidade de ciências Histórico-Jurídicas (2010), com a tese intitulada “Fundamentos político-ideológicos do regime jurídico do casamento consagrado na versão original do Código Civil de 1966. Atualmente, é investigador do IURIS – Centro de Investigação Interdisciplinar.

Publicou diversos artigos, comunicações e livros na área da História das Ideias Políticas e da História Constitucional, com destaque para: Estado Novo: casamento e Código Civil. Contributo para o estudo da História do Pensamento Político Português, AAFDL, 2011; Textos de apoio de história do pensamento político [com Ana Caldeira Fouto], AAFDL, 2013; e A construção jurídico-política do estado social em Portugal durante o Estado Novo (1933-1974): contributo para o estudo da história do pensamento político em Portugal, AAFDL, 2018.

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