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Uma Certa Harmonia - Notas sobre arquitectura, urbanismo e saúde mental infanto-juvenil

Pedro Strecht

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Detalhes do Produto

Sinopse

«As nossas cabeças têm casas. Construções erguidas de múltiplas maneiras. Espaços com histórias. Divisões cheias. Recantos escondidos. Coisas que se usam todos os dias. Gavetas bolorentas onde uma aranha arrisca tecer uma teia. E janelas. Janelas por onde o ar entra e a luz enfeita os dias, o passar das horas e adormece, escura, coma chegada da noite. Sonhos. As casas são feitas de sonhos.Os sonhos habitamas camas, espalham-se, fogemao controlo, ocupamtodo o espaço vivido e o imaginado que tantas vezes entra pela porta dentro e faz visitasmesmo semser convidado.Os sonhos sentam-se àmesa, estão no sorriso das pessoas, partem e voltam no reencontro depois de mais um dia, cansados, vividos, prontos para prosseguirem se necessário anos a fio. Os sonhos é que dão vida às casas. E são eles que as matam quando, certo dia, é preciso sair delas.
As casas criam enredos como quem cria filhos. Desenvolvem paixões cujos lábios murmuram. Vivem da ilusão fantástica do tempo todo e escrevem histórias. Amor, ódio, solidão e amparo, de tudo as casas conhecem e calam. Silenciosas permanecem, fechando segredos de que só elas cuidam, como quem se detém perante uma flor na varanda, imutável, atenta ao desfiar de estações.
As casas são pais e mães do desejo, da vontade de existir e de uma certa ilusão de, afinal, sermos eternos. Somos sempre pais e filhos delas, mesmo quando, um dia, temos de mentir para que não se afastem do nosso coração.»
Pedro Strecht

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Autor

Pedro Strecht

Pedro Strecht nasceu em 1966. Vive e trabalha em Lisboa, atualmente em consulta privada. É casado e pai de três filhos.
Terminou o curso de Medicina em 1989 (Universidade Nova), é especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência (Pedopsiquiatria) desde 1995 e autor de mais de cinquenta livros. Fez estágios na sua área clínica em Londres (Tavistock Clinic e Brent Adolescent Centre) e Oxford (Mulberry Busch School e The Art Room).
Exerceu diversas funções profissionais: foi professor do ensino secundário e do ensino superior (Universidade Católica), médico no Hospital de Dona Estefânia, no Chapitô, nos Centros Educativos da Bela Vista e Padre António de Oliveira, no Centro Dr. João dos Santos – Casa da Praia, que dirigiu enquanto IPSS, e na Cooperativa A Torre. Foi supervisor do Projeto de Apoio à Família e à Criança Maltratada, colunista da revista Pais e Filhos e do jornal Público, coordenou a Equipa de Intervenção Psicossocial do Gabinete de Reconversão do Casal Ventoso e também a Equipa de Intervenção em Crise da Casa Pia de Lisboa. Trabalhou na ART – Associação de Respostas Terapêuticas e num Lar de Infância e Juventude Especializado, GPS (em Castro Verde).
Presidiu à Comissão de Investigação de Abusos Sexuais de Crianças por Membros da Igreja Católica Portuguesa, tendo sido distinguido em equipa com a medalha de ouro do Prémio Direitos Humanos, atribuído pela Assembleia da República.
Tem como outros interesses a música, a literatura, a escrita, o desporto e a natureza. Continua a gostar de trabalhar com crianças e adolescentes e suas famílias, com quem sente que todos os dias aprende a ser melhor médico e melhor pessoa. Em tempos de afirmação da ciência e tecnologia, guiados por fatores quase exclusivamente económicos, gosta de valorizar todas as formas de expressão humana e artística.
Segue o mote de um pequeno poema de Alberto de Lacerda (1928-2007): «Apesar de tudo, há um caso de amor entre mim e a vida.»

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