Antologia dos mais relevantes textos do pensador italiano sobre temas relacionados com questões culturais. Depois de um volume que reuniu os seus escritos mais evidentemente políticos (Textos Políticos. Antologia, publicado na colecção «Clássicos do Pensamento Político»), surge agora uma recolha de textos sobre questões da cultura.
Gramsci foi sempre um pensador, um teórico com maior pendor para a política, mas também alguém que dedicou vários textos a questões culturais, num amplo arco de interesses que abarcou o ensino, a língua ou a análise da obra de vários filósofos (Kant, Hegel, Benedetto Croce, por exemplo); ou, ainda, a crítica literária (Manzoni, Pirandello, Marinetti, Malaparte, Balzac…) e o jornalismo.
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Antonio Gramsci
Antonio Gramsci nasceu em Ales, em 1891. Desde criança, apresentava deformações nas costas e no tórax devido à doença de Pott. Graças a uma bolsa de estudos, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Turim, onde assistiu, entre outros, aos cursos do linguista Matteo Bartoli e de Umberto Cosmo, investigador da obra de Dante. Em 1914, filiou-se no Partido Socialista, e em 1915 foi contratado na redacção de Turim do jornal Avanti!. Ainda em Turim, em 1919, fundou o semanário L’Ordine nuovo. Em 1921, junto com Bordiga, promoveu a cisão do Partido Socialista e a fundação do Partido Comunista Italiano. Em 1922, viajou para Moscovo como delegado do partido no executivo da Internacional Comunista, onde conheceu Giulia Schucht, com quem teve dois filhos. Em 1924, fundou o jornal diário L’Unità. No mesmo ano, foi eleito deputado no Parlamento. Em 1926, numa violação da sua imunidade parlamentar, foi preso pela polícia fascista e processado por actividade conspirativa e incitação à guerra civil. Em 1928, acabou condenado a vinte anos e encarcerado na penitenciária de Turi, na província de Bari. Em 1933, por motivos graves de saúde, foi transferido para uma clínica em Formia e, depois, em liberdade vigiada, para a clínica Quisisana, em Roma, onde morreu quatro anos depois.
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