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Romanças sem Palavras / Romances sans Paroles

Paul Verlaine

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11,69 € 13,00 €

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Sinopse

Este livro nasceu do «romance de viver de dois homens» que Paul Verlaine e Arthur Rimbaud incarnaram nos anos 70 do século XIX, para estupor e indignação em Paris, Londres e Bruxelas. Romanças sem Palavras é um exercício espiritual que busca o silêncio após uma relação vertiginosa, marcada por fugas, entrega e abandono, ternura e violência, fidelidade e traição. É um livro admirável, atravessado por essa tormentosa convulsão que culminou na rimbaudização de Verlaine e na verlainização de Rimbaud.

Em Romanças sem Palavras, Verlaine mantém-se fiel ao dever de inventar, ousando na expressão da homossexualidade, ainda que de forma subtil. Um exemplo de experimentação e de inovação, mas também de lirismo corrigido pela ironia: a poesia de Verlaine acolhe aqui a influência da oralidade, da canção popular, mas também, na forma como insere notações da realidade e da paisagem, a influência da pintura impressionista. A requintada oficina poética de Verlaine exibe uma concisão elíptica, bastando-se com a expressão mínima, como se tudo pudesse ser abreviado, a palavra, a sintaxe, talvez a vida. E tudo despido de espavento intelectual.


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Autor

Paul Verlaine

Paul-Marie Verlaine nasce na Lorena a 30 de março de 1844, filho de um militar. Em 1851 a sua família muda-se para Paris, onde Verlaine estudará até obter o bacharelato. No ano de 1862, inscreve-se na Faculdade de Direito, altura em que começa a frequentar os cafés e a beber regularmente. Em 1864 decide abandonar os estudos definitivamente, já depois da publicação do seu primeiro poema (1863), e torna-se funcionário da Câmara Municipal de Paris. O poeta troca correspondência e contacta com vários escritores e artistas da época, como por exemplo Victor Hugo, Charles Cros e Villiers.

Em 1870, casa com Mathilde Mauté de Fleurville, casamento que será perturbado quando, no ano seguinte, Verlaine conhece Rimbaud, com quem mantém estreita amizade com uma dimensão homossexual. Esta relação levará Mathilde a pedir a separação judicial em 1872, ano em que Verlaine embarca com Rimbaud para Londres. Este relacionamento acabará em 1875.

Entre 1875 e 1879 o poeta é alternadamente professor em Inglaterra e França, país para onde regressará definitivamente. Segue-se um período de escrita intensa, atribulado por dificuldades económicas e de saúde, numa sucessão de internamentos em vários hospitais. Morre a 8 de janeiro de 1896 de uma congestão pulmonar.

Fernando Pinto do Amaral, no prefácio a «Poemas Saturnianos e Outros», afirma: «Ao lermos hoje os poemas de Verlaine, resta sobretudo a beleza da sua música soberana e misteriosamente evocadora das vertigens por vezes discretas — mas nem por isso menos cativantes — de um espírito vibrátil e sensível aos mais ínfimos acordes do ser — acordes harmoniosamente dissonantes, como os de qualquer poesia que não hesite em interrogar o doloroso enigma que se abriga nos mil fragmentos do real e lhes dá, a cada um deles, uma alma própria e insubstituível.»

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