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Os Dialectos das Imagens: Discursos do Sagrado e do Profano

Aurélio Lopes, Vítor Serrão

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Sinopse

As agendas da História da Arte e da Antropologia encontram-se num território comum que é o mundo vivenciado das imagens, onde o sagrado e o profano sempre residiram. A primeira precisa da segunda: o olhar antropológico que alargue o estudo da arte, que seja estético e afectivo ao mesmo tempo, apto a reabrir memórias, explicar tradições e enfrentar o eterno dilema entre poder e fragilidade, entre tempos de iconofilia exaltante e fases de iconoclasma e esquecimento. Defende-se uma Antropologia das Artes capaz de ir mais longe na busca de saberes primordiais. As imagens desafiam-nos a perceber as suas razões de ser, as suas dimensões utilitárias, a sua assunção do sagrado e a sua perene força aurática. o propósito deste livro escrito a quatro mãos foi, assim, verificar que as imagens sacras sempre acumularam capacidades estéticas e afectivas a reforçar o seu sentido discursal: são instrumentos de diálogo em aberto, que anseiam pela disponibilidade de um olhar cúmplice. Como afirmou Hans Belting, as imagens são como nómadas que se deslocam no tempo, de um medium para outro. Mas, em segredo, continuamos a acreditar no que elas nos dizem.

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Autor(es)

Aurélio Lopes

N. Cunqueiros, (1954). Antropólogo. professor do ensino superior. investigador universitário do IELT-FCSH da Universidade Nova de Lisboa e da Cátedra da UNESCO do património imaterial da Universidade de Évora. É Coordenador das Coleções “Antropologia” e “Raízes” da editora Cosmos e Coordenador do Fórum Ribatejo. Autor de numerosa bibliografia sobre a Antropologia do simbólico e a problemática do sagrado, de que se destacam os livros Devoção e Poder nas Festas do Espírito Santo (Cosmos, 2004), Bielhas i Chocalheiros na ne Praino Mirandés (Apenas, 2005), A Sagração da Primavera (Cosmos, 2007), Reconstrução do Sagrado: Práticas Religiosas nos Avieiros da Borda-d’água (Âncora, 2009), Videntes e Confidentes: um Estudo sobre as Aparições de Fátima (Cosmos 2009), Anátema, devoção e poder: A Santa da Ladeira (Cosmos, 2014), Ritual, Natura e Magia: Sentidos e saberes nas terapias tradicionais portuguesas (Apenas, 2017) e Deuses menores e Espíritos dos lugares: Os santos da terra em terra de santos (Apenas, 2019).

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Vítor Serrão

N. Toulouse, França (1952). Historiador da arte. professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do centro Artis. Vice-presidente da Academia Nacional de Belas Artes. Autor de numerosa bibliografia sobre arte portuguesa da Idade Moderna e sobre Teoria da Arte e Ciências do Património Cultural, de que se destacam os livros O Maneirismo e o Estatuto Social dos Pintores Portugueses (iN-CM, 1983), A Cripto-História da Arte: Análise de Obras de Arte Inexistentes (Horizonte, 2000), O Barroco (Presença, 2003), A Trans-Memória das Imagens: Estudos iconológicos de pintura portuguesa (séculos XVI-XVIII) (Cosmos, 2007) e Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teotónio de Bragança, 1578-1602 (Fundação Casa de Bragança, 2015), e os catálogos das exposições Josefa de Óbidos e o tempo barroco (IPPC, 1991) e A Pintura Maneirista em Portugal … arte no tempo de Camões (CCB, 1995). Membro do conselho redactorial das revistas Monumentos (DGPC), Artis (FL-UL) e BSAA (Universidade de Valladolid).

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