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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601

Vítor Serrão

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Sinopse

D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas.

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Autor

Vítor Serrão

N. Toulouse, França (1952). Historiador da arte. professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do centro Artis. Vice-presidente da Academia Nacional de Belas Artes. Autor de numerosa bibliografia sobre arte portuguesa da Idade Moderna e sobre Teoria da Arte e Ciências do Património Cultural, de que se destacam os livros O Maneirismo e o Estatuto Social dos Pintores Portugueses (iN-CM, 1983), A Cripto-História da Arte: Análise de Obras de Arte Inexistentes (Horizonte, 2000), O Barroco (Presença, 2003), A Trans-Memória das Imagens: Estudos iconológicos de pintura portuguesa (séculos XVI-XVIII) (Cosmos, 2007) e Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teotónio de Bragança, 1578-1602 (Fundação Casa de Bragança, 2015), e os catálogos das exposições Josefa de Óbidos e o tempo barroco (IPPC, 1991) e A Pintura Maneirista em Portugal … arte no tempo de Camões (CCB, 1995). Membro do conselho redactorial das revistas Monumentos (DGPC), Artis (FL-UL) e BSAA (Universidade de Valladolid).

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