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Sinopse
Falarei do corpo, da face
da brevidade da sílaba
soletrada por lábios, na mudez audível
dos versos. Falarei, brandamente
da palavra ira
e da surda viagem ao país ázimo
do pão. Falarei de furtivas bocas
de bagas, de tudo o que é resto
rosto, resíduo
na garganta
do medo. Falarei da voz do verso
que surde, súbito
entre o princípio
e um sopro
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