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O Cavaleiro Inexistente

Italo Calvino

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Sinopse

Um romance em que o real e o fantástico se fundem numa unidade perfeita, completando-se assim a trilogia Os Nossos Antepassados. Ambientada numa improvável Idade Média, mas mais próxima do que nunca da realidade do nosso tempo, O Cavaleiro Inexistente é uma fantasia histórica sobre o eficientíssimo e meticuloso Agilulfo – cavaleiro que, afinal, mais não é do que uma armadura vazia – e o seu surpreendente escudeiro Gurdulu – que existe de facto, embora não saiba o que fazer à vida que tem, acabando por se perder entre as coisas do mundo.

Agilulfo, paladino de Carlos Magno, é um cavaleiro valente e nobre. Tem apenas um defeito: não existe. Ou melhor, a sua existência está limita à armadura que veste: brilhante, branca e... vazia. Agilulfo não consegue comer nem dormir porque, se perder a concentração, mesmo que por um momento, deixa de existir. Acompanhado pelo seu escudeiro Gurdulu, enquanto Carlos Magno sitia Paris, Agilulfo irá correr toda a França, a Inglaterra e o Norte de África para confirmar a castidade da filha do rei da Escócia, que salvou, 15 anos antes, de uma violação. 

Nesta espirituosa paródia aos romances de cavalaria, sob a forma de uma história contada por uma freira, há surpreendentes achados narrativos, e a confissão final da freira não é o menor deles.


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Autor

Italo Calvino

Jornalista, contista e romancista italiano, Italo Calvino nasceu a 15 de Outubro de 1923 em Santiago de Las Vegas, na ilha de Cuba. Ainda criança acompanhou os pais na sua mudança para São Remo, em Itália. Em 1940, e em consequência da deflagração da Segunda Guerra Mundial, Calvino foi recrutado para a Mocidade Fascista, mas desertou pouco tempo depois, refugiando-se nas montanhas da Ligúria, onde se juntou à Resistência Comunista. 
Pôde, no entanto, ingressar no curso de Literatura da Universidade Turim em 1941 mas, e com uma passagem pela Real Universidade de Florença, só conseguiu licenciar-se após a guerra, em 1947. Nesse mesmo ano publicou o seu primeiro romance, com o título Il sentiero dei nidi di ragno (1947). A obra remetia para as suas experiências enquanto ativo da resistência italiana e foi bem acolhida pela crítica, sobretudo devido aos trejeitos que Calvino dava à narrativa. 
Em 1949 publicou uma coletânea de contos, também dedicados à problemática de guerra, que haviam já aparecido em publicações periódicas. A colaboração de Calvino com a imprensa havia começado em meados de 1945, no jornal comunista L'Unittá , prosseguindo em títulos como Il Garibaldino, voce della Democracia e La Republica . 
Após a publicação de Il visconte dimezzato (1954), o autor abandonou o tema da guerra recente, preferindo o absurdo e o fantástico ao neo-realismo com que havia pautado o seu trabalho. A obra, que inaugurava uma trilogia também composta pelos volumes Il barone rampante (1957) e Il cavaliere inesistente (1959), e que causou fortes polémicas no seio do Partido Comunista Italiano, contava a história de um homem mutilado por uma bala de canhão durante a tomada de Constantinopla. 
Calvino procurava assim demonstrar o seu desagrado perante o partido, que abandonou após os acontecimentos da Primavera de Praga. Sentiu que o seu esforço literário era mais necessário na imprensa, pelo que se passou a concentrar mais na carreira como jornalista do que como romancista. 
Em 1959 viajou pelos Estados Unidos da América, formulando um contraste com a sua visita à União Soviética em 1952. De regresso, começou a editar a revista Il Menabó Di Letteratura , em colaboração com Elio Vittorini. Mantendo sempre um olhar crítico sobre a sociedade, entrelaçada na consciência individual e na inércia dos eventos históricos, publicou Marcovalco(1963), uma coletânea de fábulas em que criticava o modo de vida das cidades, destrutivo e vazio. Marcovalco era apresentado como um homem de família sonhador que, permanecendo na sua cidade durante o mês de Agosto, quando todos os outros habitantes partiram para férias, vê o seu descanso ser interrompido por uma equipa de televisão que o quer entrevistar, precisamente por ter sido o único a renunciar às estâncias balneares. 
Em 1972 publicou Le Cittá Invisibli , romance em que o lendário explorador Marco Polo se dedicava a contar histórias de cidades fictícias para o divertimento de Kublai Khan, e que valeu ao autor o conceituado Prémio Felrinelli. A sua obra mais conhecida, Se una notte d'inverno un viaggiatore (Se numa Noite de Inverno um Viajante ) apareceu em 1979. Palomar (1983), descrevia as contemplações filosóficas de um homem aparentemente simples. 
Italo Calvino faleceu a 19 de Setembro de 1985, em Siena, vítima de uma hemorragia cerebral.

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