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Sinopse

Vivo no batimento cardíaco

de uma gaiola de refugiados.

O novo século anunciava filigrana,

gargantas sem alçapão,

altruísmo de medula intacta.

Recitava-se a amnésia das fronteiras,

a livre circulação de candelabros na utopia

e mentes capazes de respirar esculturas de Rodin.

Atravesso a Europa vestida de arame farpado.

Passo os meses à espera

que o estio me dê um autógrafo.

Vivemos tempos de Goya na boca,

não pelo tráfego do deslumbramento,

mas pela imagem sombria pendurada no palato.

O terror sempre deu braçadas largas.

Somos o lapso que nunca atinge o degelo.

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Autor

Alberto Pereira

Alberto Pereira, escritor português. Nasceu em Lisboa. Licenciado em Enfermagem. Pós-graduado na área Forense. Diplomado em Hipnose Clínica.

Membro do PEN Clube Português.

Publicou os livros: O áspero hálito do amanhã (2008); Amanhecem nas rugas precipícios (2011); Poemas com Alzheimer (2013); O Deus que matava poemas (2015); Biografia das primeiras coisas (2016); Viagem à demência dos pássaros (2017); Bairro de Lata (2017); Como num naufrágio interior morremos (2019) e Neve interior (2021).

Participou em colectâneas de contos e poesia. Alguns dos seus poemas foram traduzidos para espanhol, francês e inglês. Foi distinguido com vários prémios dos quais se destacam: 1º Prémio no Concurso Literário Conto por Conto (2011); 1º Prémio no Concurso de Poesia Agostinho Gomes (2013); 1º Prémio no Concurso Literário Manuel António Pina – Museu Nacional da Imprensa (2013) e Menção Honrosa (2014, 2015, 2017, 2018, 2020); Menção Honrosa no Prémio Internacional de Poesia Glória de Sant´Anna (2018 e 2020), respectivamente com os livros, Viagem à demência dos pássaros e Como num naufrágio interior morremos; Menção Honrosa no Prémio Internacional de Poesia Natália Correia (2021) com o livro Ecocardiodrama |Inédito|. Finalista do 21º Concurso de Contos Paulo Leminski – Paraná, Brasil (2010) e do Prémio Internacional de Poesia António Salvado (2021) com a obra Mulheres legendadas de Alzheimer |Inédito|.

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