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Naufrágio das Civilizações

Marcador História

Amin Maalouf

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Sinopse

Quando os espetaculares avanços tecnológicos dos nossos dias nos facilitaram o acesso ao conhecimento como nunca antes, quando vivemos mais e melhor, quando o «terceiro mundo» se desenvolve...

Quando, pela primeira vez, se poderia conduzir a humanidade a uma era de liberdade e progresso, o mundo parece seguir na direção oposta, rumo à destruição de tudo o que foi alcançado. Como chegámos aqui?

Há alguns anos, Amin Maalouf disse que as nossas civilizações estão esgotadas e forneceu os motivos: desconfiança em relação ao «Outro», xenofobia, intolerância política e religiosa, populismo, individualismo e a insularidade do nacionalismo, racismo... Hoje em dia fala diretamente de «naufrágio iminente».

Não há desejo de um passado melhor nas suas palavras, ele está apenas preocupado com o futuro desta «era desconcertante», o futuro das novas gerações, que possa desaparecer o que deu sentido à aventura humana. Tão-pouco se deixa levar pelo pessimismo ou prega o desânimo, apenas faz um apelo lúcido à responsabilidade coletiva, deixando a porta da esperança entreaberta para o mundo se reorientar, pois como escreveu: «Melhor enganar-se na esperança do que acertar no desespero.»

A América, embora ainda seja a única superpotência, está a perder toda a credibilidade moral. A Europa, que ofereceu ao seu povo e ao resto da humanidade o projeto mais ambicioso e mais reconfortante do nosso tempo, está a fragmentar-se. O mundo árabe-muçulmano atravessa uma profunda crise que mergulha o seu povo no desespero e tem repercussões calamitosas em todo o mundo.

Grandes nações «emergentes» ou «renascentes», como a China, a Índia ou a Rússia estão a surgir no cenário mundial num ambiente deletério, onde reina o cada um por si e a lei do mais forte. Uma nova corrida ao armamento parece inevitável. Sem mencionar as sérias ameaças (clima, meio ambiente, saúde) que estão a pesar no planeta e que só poderíamos enfrentar com uma solidariedade global que precisamente nos falta.

Há mais de meio século que o autor observa o mundo e o percorre. Estava em Saigão no final da Guerra do Vietname, em Teerão durante o advento da República Islâmica. Neste livro poderoso e abrangente, faz de espectador engajado e pensador, misturando histórias e reflexões, às vezes contando grandes eventos de que foi uma das poucas testemunhas oculares, e depois elevando-se ao papel de historiador acima da sua própria experiência para nos explicar por que sucessivos desvios a humanidade passou para se encontrar assim no limiar do naufrágio.


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Autor

Amin Maalouf

(Líbano, 1949) É um prestigiado escritor francês e, desde 2011, membro da Academia Francesa (onde foi preencher a vaga deixada pela morte de Lévi-Strauss). Dedicou grande parte da sua produção ao romance com vários títulos publicados e especial apetência predileção pelo romance histórico, entre os quais se destacam Leão, o Africano, Samarcanda ou o Périplo de Baldassare. O romance Le rocher de Tanios valeu-lhe o Prémio Goncourt em 1993. Mas também se aventura pelo ensaio: As Cruzadas Vistas pelos Árabes (1983, Prémio Maisons de la Press), Identidades Assassinas (1998) ou Um Mundo sem Regras (2009). Além disso, foi jornalista e chefe de redação da Jeune Afrique, embora se tenha iniciado no An-Nahar, em Beirute, em 1975, antes de se mudar para Paris. Em 2010 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias pela sua obra.

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