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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2024
- ISBN: 9789895664412
- Número de páginas: 108
- Capa: Brochada
Sinopse
Ao longo do tempo observamos a evolução das culturas e sociedades, constatamos que cada lugar, país, região, cultura e civilização têm os seus momentos áureos. Nos séculos XIX e XX Portugal encontrava-se bem longe já dos momentos de glória alcançados aquando dos Descobrimentos. Nações Europeias próximas, assim como outras mais distantes, prosperavam nas evoluções tecnológicas, nas vanguardas artísticas, etc... enquanto Portugal as acompanhava com significativo atraso. Essa sensação de dor, angústia e sofrimento provocada pela ideia de uma inferioridade motivada por uma modernidade que nos era, de certa forma, alheia, é sentida nos e pelos portugueses a nível sócio-cultural. Tal sentimento era algo latente na sociedade da época e isso espelhava-se também na literatura, através das obras de nomes incontornáveis como Eça de Queirós, Cesário Verde, Fernando Pessoa, entre outros. Sendo a literatura um meio de expressão cultural de extrema importância, traz indubitavelmente ao de cima, nas suas narrativas, descrições, diálogos e significâncias, essas mesmas expressões de sofrimento, punição e recalcamento sociais existentes e sentidas na sociedade portuguesa nos períodos históricos analisados nesta obra. [Raquel Gil Ferreira]
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Pela sintaxe estável, que organiza esses procedimentos de leitura do mundo, a sociedade portuguesa do século XIX viu nascer o projeto realista com que a Geração de 70 chamou a si a tarefa de revigorar e modernizar o país. Segundo Eduardo Lourenço, a difícil acessibilidade de Portugal à modernidade iluminada do século XIX ficou, por um lado, condicionada à consciência insuportável da realidade nacional e, por outro, à desesperada busca por um aggiornamento que reconduzisse Portugal ao tablado do mundo “na sua grandeza ideal, tão negada pelas circunstâncias concretas” da difícil realidade política, econômica e cultural vivida na segunda metade do século XIX.
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