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Sinopse

Este livro é um tributo singelo que o Autor faz ao filho. Escrito com a leveza do amor e o entusiasmo das paixões, tentando compreender o mundo do autismo, cheio de interrogações e labirintos fascinantes.

Não se trata de um trabalho científico nem de um ensaio, com apresentação regrada e bibliografia complementar devidamente referenciada. Tão pouco é um romance, daqueles em que ficamos suspensos à espera do capítulo seguinte ou do desfecho final. Trata-se de um “testemunho comprometido. Não será uma biografia porque lhe falta o rigor do tempo e da prova, será antes um tributo de amor em que, ao longo das páginas do livro, demonstram-se e sublinham-se certas reacções, sobretudo comportamentais, que fazem do Henrique (ou Cocas, de Henricocas, como carinhosamente é chamado amiúde) uma pessoa muito estimada e querida, tanto no seio da família, como fora dela. Basta conviver com ele algumas horas e ficamos cativos da sua inocência e da sua ingenuidade.

Esquisso

As ondas do mar soçobram o horizonte.

As ondas do mar sobrevivem ao horizonte.

As ondas matam o horizonte.

As ondas emulam o avolumar das baleias.

As ondas fingem ser baleias.

As ondas são baleias.

As ondas planam sobre o mar.

As ondas singram como um sonho em que se voa.

As ondas são um sonho de voar.

O horizonte foi morto pelos sonhos de voo das baleias.


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Autor

A. Ferreira da Silva

Entre outras coisas, A. Ferreira da Silva interessa-se por ambas as modalidades a que o convívio com a Literatura se presta: a criativa e a teórica. Para além do trabalho de investigação académica que desenvolve em torno das literaturas ibéricas dos séculos XV a XVII, dedica-se igualmente à tradução, tendo obtido uma menção honrosa no âmbito do Prémio Vasco Graça Moura 2017, pela sua versão portuguesa das Rimas de Guido Cavalcanti. Em 2019 estreou-se na poesia, com os títulos Cancioneiro de D. Luís Gonzaga e O Novo Paladino (este último publicado pela Manufactura); em 2020 publicou O Último Verão, a sua primeira experiência no domínio da prosa ficcional; e em 2022 incorreu num pontual risco dramatúrgico, com O Purgatório de Namorados.

Cronologicamente, porém, Mortalidade Poética é ainda um primeiro livro, por reunir os seus textos mais antigos.


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