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Monólogo para uma Janela no Escuro - Poema Dramático

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Luísa Freire

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Sinopse

Haverá muitas maneiras de olhar este novo livro de Luísa Freire: se «monólogo» é a palavra que a autora escolhe para o título, talvez «poema dramático», o subtítulo, seja a informação mais significativa aqui. Podemos pensar desde logo em Fausto, de Goethe, um dos maiores poemas dramáticos de sempre, mas aqui a estória é outra - e no feminino. Esta é a história de Penélope consigo mesma, na sua própria odisseia da espera, mas se aquilo que ela conta é do domínio da imaginação criativa, essa história paralela do que poderia ter sido, escrita que está em verso, confere à protagonista uma dimensão humanizadora. Em suma, ao tentar perceber interiormente esta personagem incontornável da literatura mundial, Luísa Freire põe-nos, a nós leitores, também diante de «uma janela no escuro», numa fábula poética que é metáfora para o decurso do tempo humano no mundo.

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Autor

Luísa Freire

Luísa Freire (Castelo Branco, 1933)
Luísa Freire é uma das mais singulares poetas da sua geração.
O seu primeiro livro data de 1979 (Da Raiz à Fronde) e o mais recente – Atravessar o Frio I. Poesia inédita (2011-2017) – é de 2024. Tem igualmente um percurso académico de relevo, a par da importância da sua obra ensaística, com diversas publicações, sendo de destacar as leituras de Fernando Pessoa. As formas breves da poesia japonesa (tanka e haiku) estão muito presentes no seu labor poético. Em 2024 a Companhia das Ilhas publicou o seu Folhas Breves, uma colectânea de 90 haikus.

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