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Sinopse

(…) Jamais se viu peça tão irreligiosa, descrente e agnóstica, defensora de um pragmatismo alheio a qualquer crença, a-utópica, por assim dizer. Os apelos à “teologia” e ao bem público, à moral comum, mascaram os contornos reais dos procedimentos, justificam-nos legitimando-os pelos supostos princípios que contêm, como sucede com a tese do frade acerca de que o que peca é a “vontade”, o espírito e não o corpo.

Este microcosmo da Mandrágora é o retrato de um mundo contaminado pelo dinheiro, o credo, em todos os seus interstícios. Paradigma desse poder do poder de comprar é a cena de Frade Timóteo com uma “mulher rica” que lhe paga umas missas pela alma do seu defunto marido que, pelos vistos, a sodomizava. Nunca um padre foi tão negociante e contabilista, tão faminto de dinheiro. Mandrágora — a peça — que gozou do ambiente de liberdade que havia na Itália em que foi representada, nos anos vinte de 1500, será, uns anos depois, metida pela inquisição e pelas censuras de das épocas ulteriores, no índex. Será só no século XX e muito depois da guerra, a segunda, que encontrará, levada à cena, o reconhecimento do seu valor real e actualidade inultrapassada.

[Fernando Mora Ramos]

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Autor

Nicolau Maquiavel

Historiador e filósofo político italiano, Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um nome que ficou definitivamente associado à inteligência. A sua grande e mais célebre obra é O Príncipe, um dos clássicos da filosofia mais lidos no século XXI.

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