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Sinopse

Na verdade, com a representação do confronto entre Antígona e Creonte, a peça ia ao encontro das preocupações de uma democracia em construção e suscitava problemas prementes acerca da relação entre governantes e governados, acerca da relação entre a lei e a justiça e, portanto, acerca dos próprios fundamentos da pólis, isto é, da vida em sociedade.

[…]

No imaginário do Ocidente, Antígona ficou para sempre como narrativa fundadora do despertar para uma certa consciência cívica e para a afirmação do indivíduo insubmisso perante a ameaça do poder autoritário e absoluto. E, no entanto, uma leitura atenta da tragédia mostra que a complexidade do que nela se joga — e quiçá a sua intemporalidade — tem que ver, antes de mais, com o facto de a oposição entre as duas principais figuras dramáticas não ser redutível a um debate de ideias, não ser tão-pouco redutível à esfera da ética ou da política. A marca trágica desse confronto insuperável tem raízes no ethos das personagens, isto é, no seu carácter, e numa demónica radicalização das suas vontades. É desta situação particular, na qual qualquer coisa de essencial acerca do humano se manifesta, que resulta a universalidade do drama sofocliano.

[Da Introdução de Marta Várzeas]

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Autor

Sófocles

Sófocles (cerca de 496 a. C. - 406 a. C.) nasceu e morreu na cidade de Colona Juntamente com Ésquilo e Eurípides, é um dos três grandes tragediógrafos da Antiguidade. Das 123 peças que terá escrito, chegaram-nos sete tragédias (uma delas incompleta), corpus que basta para o impor como um dos autores mais importantes e mais influentes da literatura de todos os tempos e em todos os géneros.


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