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Sinopse

A peça-fenómeno de Tiago Rodrigues, agora em livro: « UM DIA POR ANO, UMA DE NÓS ATEAVA UM INCÊNDIO.» Esta família mata fascistas. É uma tradição antiga que cada membro do núcleo familiar sempre seguiu. Hoje, reúnem-se novamente numa casa no campo, no Sul de Portugal. Uma das jovens da família, Catarina, vai matar o seu primeiro fascista, raptado de propósito para o efeito. No entanto, Catarina é incapaz de concretizar o homicídio ou recusa-se a fazê-lo. Estala assim o conflito, acompanhado de várias questões. O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender? O espectáculo criado a partir deste texto, com encenação também de Tiago Rodrigues, foi apresentado com grande sucesso de crítica e público em várias salas portuguesas e em vários países, merecendo o Prémio de Melhor Espectáculo Estrangeiro em França e Itália. com posfácio de Gonçalo Frota. «E como é que começou tudo? Com a opiniãozinha. Explorando o medo e o preconceito. Mentindo. Manipulando. Criando a infra-estrutura da impunidade. Os alicerces do edifício fascista. Agora vale tudo. Porquê? Porque nós permitimos que eles continuassem a falar, a falar, a falar. Que nojo. Há anos a ouvi-los. Cada vez mais opiniões.

Cada vez mais vozes fascistas. E nós a ouvi-los. Uma náusea. Uma impotência. Uma vontade de matar. E queres tu que eu o deixe falar? Para fazer um dos seus discursos? As palavras são poderosas, Catarina. Devias saber isso. Os discursos que ele escreveu, agora são leis. Amanhã serão artigos da Constituição. E onde é que começou? Na opiniãozinha. A maldita opiniãozinha que ninguém teve a coragem de matar à nascença.»


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Autor

Tiago Rodrigues

Tiago Rodrigues (Amadora, 1977) é actor, encenador, dramaturgo e produtor. Em 2003, fundou a companhia Mundo Perfeito com Magda Bizarro, através da qual criou e apresentou, ao longo de 11 anos, cerca de 30 espectáculos em mais de 20 países. Foi também professor de teatro em várias escolas. Paralelamente ao seu trabalho em teatro, escreveu argumentos para filmes e séries televisivas, artigos, poesia e ensaios. Alguns dos seus espectáculos mais reconhecidos são By Heart (2013), António e Cleópatra (2014), Bovary (2014) ou Sopro (2017), e as suas peças mais recentes são Catarina e a Beleza de Matar Fascistas (2020), Coro de Amantes (2021) ou Dans la mesure de l’impossible (2022). Já recebeu várias distinções nacionais e internacionais, destacando-se o XV Prémio Europa Realidades Teatrais (2018), o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras atribuído pelo Governo Francês (2019), o Prémio Pessoa (2019) e a Medalha de Mérito Cultural do Governo Português (2021). Foi director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, entre 2015 e 2021. Actualmente, é director do Festival d’Avignon, sendo o primeiro não-francês a assumir a função naquela que é uma das mais importantes manifestações de teatro em todo o mundo.

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