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A Fundação do Exército Português

João Vieira Borges, João Gouveia Monteiro, José Varandas

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Detalhes do Produto

Sinopse

Portugal é um dos estados-nação mais antigos da Europa e do mundo, com fronteiras definidas desde 1297, na sequência da assinatura do Tratado de Alcanizes, entre D. Dinis e Fernando IV.
Apesar deste facto histórico indiscutível, que deve constituir motivo de orgulho de todos os portugueses, quer a Fundação de Portugal, quer a Fundação do seu Exército, continuam a não estar associadas institucionalmente a datas concretas, deixando espaço de intervenção, sempre discutível, aos historiadores e a quem se dedica a estas temáticas.
Qual o momento fundacional do Exército Português? Uma vez analisados os acontecimentos suscetíveis de escolha como momento fundacional do «Exército Português», que se situam entre os anos de 1128 (Batalha de São Mamede) e 1172 (conquista de Beja), podemos agora, com base nas reflexões constantes deste livro, e comparando as suas características fazer a nossa escolha, justificando-a convenientemente.
A Batalha de São Mamede, dita a primeira tarde portuguesa, tem o inconveniente de poder ser considerada como uma guerra civil, dificultando assim a sua escolha.
A Batalha de Ourique é, sem margem para dúvidas, a data (25-VII-1139) da aclamação como Rei de Portugal de D. Afonso Henriques e, assim sendo, a data que poderá corresponder ao nascimento do Reino e do Exército de Portugal.
A conquista de Santarém é um importante marco da ação de D. Afonso Henriques que abriu o caminho mas que não tem a importância atingida pela conquista de Lisboa (24/25-X-1147) que lhe sucedeu e que é, sem dúvida, a mais importante operação militar do reinado, com verdadeiro impacto internacional dando a conhecer ao mundo de então a dignidade real de D. Afonso Henriques e a realidade do Reino de Portugal como entidade independente.
Alcácer do Sal vai abrir o caminho para o avanço da fronteira para sul, permitindo as conquistas sucessivas de Moura, Serpa, Alconchel e Juromenha e das importantes cidades de Évora (1165) e Beja (1172), atingindo a linha mais avançada das conquistas do reinado mas com o inconveniente de que as cidades principais não foram conquistadas em operações sob o comando do Rei.
O resultado deste raciocínio conduz-nos a uma solução – Ourique, 25 de julho – como a data da Fundação do Reino e do Exército Português. E este livro pretende estimular o debate.


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Autor(es)

João Vieira Borges

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João Gouveia Monteiro

É professor catedrático da Universidade de Coimbra, onde ensina História Militar e História das Religiões. É investigador integrado do Centro de História da Sociedade e da Cultura. Fundou e foi presidente da Associação Ibérica de História Militar (s. IV-XVI). Criou e dirige a Academia para o Encontro de Culturas e de Religiões (APECER-UC). Dirigiu as obras História Concisa das Grandes Religiões (Manuscrito, 2021) e História das Religiões: Da origem dos deuses às religiões do futuro (Manuscrito, 2023). É autor de centena e meia de trabalhos científicos, entre os quais três dezenas de livros, sendo o mais recente História Medieval de Portugal. Do Condado ao Império (com A. Resende de Oliveira, Tribuna, 2023). Foi professor convidado na Université Paul Valéry (Montpellier) e estagiou nas universidades de Bolonha e La Laguna (Tenerife). Na sua Alma Mater, foi pró-reitor para a Cultura, diretor da Imprensa da Universidade e diretor da Biblioteca Geral.

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José Varandas

José Varandas é Doutor em História Medieval e professor auxiliar do Departamento de História da Universidade de Lisboa. Diretor do Mestrado Interuniversitário de História Militar, desde 2013. Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Académico correspondente da Academia Portuguesa da História e Membro Efetivo da Classe de História Marítima da Academia de Marinha, bem como sócio da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e Secretário-Geral da Associação Ibérica de História Militar.

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