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Detalhes do Produto
- Editora: Documenta
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- Ano: 2025
- ISBN: 9789895682331
- Número de páginas: 264
- Edição: 2
- Capa: Brochada
Sinopse
Na era do capital fictício é a própria ficção que é capital e que é o capital.
A impostura de uma certa «arte contemporânea» pode ser desmontada com aquilo a que Marx chamou fórmula universal do capital, sobretudo se a contrairmos até à fórmula da especulação pura: D - D’, na qual o dinheiro (D) é investido para gerar mais dinheiro (D’), tornando dispensável ou secundária a mercadoria.
Uma das teses deste livro consiste em afirmar que tal fórmula exprime o funcionamento das subjectividades na era do capitalismo financeiro, a ponto de operar uma perversão na criação artística, passível de ser traduzida na fórmula S - S’: nesta, o sujeito-«artista» (S), tornando dispensável ou secundária a obra, procura perversamente regressar a si mesmo valorizado (S’).
* * *
Para esta segunda edição, introduzi apenas ligeiras emendas (nada de substancial, portanto): na verdade, tenho constatado que a tese central do livro - o facto de o crédito se ter tornado coextensivo à vida humana - se tem confirmado de múltiplas formas. Não deixei todavia de acrescentar um post scriptum, redigido poucos meses após a primeira edição, no qual procuro pensar, a partir de factos recentes, aquilo que de mais alarmante constitui a destruição do êthos artístico: a própria destruição material ou o desaparecimento da obra de arte. Por fim, e indo ao encontro da sugestão de vários leitores, inseri no final do volume um breve glossário, uma nota bibliográfica e um índice onomástico.
[Tomás Maia]
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