Vida de Graça — Duchamp e a Necessidade da Arte seguido de Textos Escolhidos de Marcel Duchamp
Tomás Maia
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Sinopse
Ao ler Duchamp e ao ouvi-lo, ao transcrevê-lo e traduzi-lo, apercebi-me melhor da sua extrema inteligência, da sua profundidade a um tempo leve e viva, em particular quando se dirige, no final da sua vida, à posteridade. À semelhança dos grandes criadores, a sua obra está diante de nós.
Este não é (mais) um livro sobre Duchamp. Não é essa a minha urgência. O presente ensaio constitui o segundo volante de um díptico dedicado à questão da «arte contemporânea» cujo primeiro volume (Vida a Crédito) se dedicou a indagar os efeitos nefastos da fusão entre a dita «arte» e o capitalismo financeiro. Ao invés, aqui trata-se de regressar à questão que nos resta, talvez a mais primitiva, a saber: a questão da necessidade da arte — apesar de tudo. Mais exactamente, a tentativa consiste — a partir de Duchamp, pois não há artista mais determinante no século XX e, por conseguinte, no século XXI — em esboçar uma filosofia primeira da arte. Uma filosofia que nos reconduza ao ser — e à graça — da arte.
[Tomás Maia]