Vanguarda e Kitsch é a primeira obra de Clement Greenberg publicada em Portugal. As suas reflexões sobre arte mantêm hoje a força vital de quando foram escritas e a mesma capacidade de influência. O ensaio que dá título ao livro é disso exemplo: publicado em 1939, nele Greenberg opõe à arte modernista e de vanguarda o Kitsch, aquilo que é «o epítome de tudo o que é espúrio na vida dos nossos dias», e que consiste em «simulacros decaídos e academizados da cultura genuína».  

Esta colectânea de ensaios reúne textos sobre arte abstracta e movimentos como o cubismo e o expressionismo. Analisa pintores tão importantes como Cézanne, Monet, Matisse, Paul Klee, Pierre Bonnard, Giorgio de Chirico ou Chaim Soutine, assim como os expressionistas abstractos que Greenberg tanto admirava, como Jackson Pollock, Willem de Kooning, Mark Rothko, Clyfford Still, ou o escultor David Smith.   

A erudição de Greenberg estende-se também à literatura, quando revisita e redescobre a poesia de Bertolt Brecht, ou quando analisa a poesia e a crítica de T. S. Eliot.