UM CAPÍTULO ESPECIAL, O NATAL. DESCUBRA O NOSSO CATÁLOGO AQUI.

Partilhar

Desconto: 20%
12,00 € 15,00 €
Wishlist Icon

Poderá gostar

Desconto: 20%
12,00 € 15,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
19,99 € 24,99 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
14,00 € 17,50 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
16,01 € 20,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
16,00 € 20,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
28,01 € 35,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 20%
28,01 € 35,00 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

«Se o tempo leva e traz todos os corpos, a escultura dá corpo ao tempo. É ele, o tempo, a res prima do escultor.» [Tomás Maia] 

Este livro, Res Prima, foi publicado por ocasião da exposição «Manuel Rosa — primeiro os pés depois a cabeça», com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 28 de Setembro de 2019 a 17 de Janeiro de 2020. Foi quando saiu da gruta que o artista nasceu. A gruta é o corpo — todo interior — da mãe da espécie. A mãe de cada um já era só interior: uma estranha entranha; intimamente desconhecida. Mas o artista nasceu quando se tornou ele mesmo mãe fazendo-se filho do húmus (mostrando assim a verdade do humano, daquele que se inuma e se exuma: que cultua os mortos como origem da cultura). (A inumação antecede de alguns milhares de anos os primeiros sinais deixados em grutas.) Esse segundo nascimento sucede ao nascimento biológico; entre os dois há a revelação ou o choque da existência. É um tal choque que abre irreparavelmente o humano — que faz do nosso corpo uma ferida aberta pela qual cada um terá de sair. 

Há o primeiro nascimento, pelo sexo da mãe, e há o segundo — pela «cona da existência» (como dirá a personagem Malone, de Beckett). Chamemos a isso — que coincide com a emergência da espécie — nascimento do poeta (de todo aquele que cria). A questão humana é portanto a seguinte: que fazer com o choque da existência? Nascer na morte. (Sem dúvida, houve e há uma segunda resposta à mesma questão: matar a morte. E as duas respostas traçam o duplo caminho dos humanos. Por vezes — muitas vezes, quase sempre — traçam a encruzilhada que nos situa, simplesmente, face ao mal…) Mas atentemos na resposta da arte: nascer na morte. 

A cabeça do poeta pousa sobre uma cabana de pedra, a gruta primitiva. O poeta pôs-se à escuta de um eco antiquíssimo. Do que ele escutar, transcrevo as notas para este livro. 

[Tomás Maia]

Ler mais

Autor(es)

Manuel Rosa

Ler mais

Tomás Maia

Licenciatura em Artes Plásticas – Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1991); DEA (Diplome d’Études Approfondies) no Centro de História e Teoria da Arte da École des Hautes Études en Sciences Sociales Paris (1993) (equivalência ao grau de mestre atribuído pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em Julho de 2002); doutoramento em Filosofia de Arte na Université Marc Bloch – Strasbourg (2004). Em França, na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Nacional de Cultura e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, foi aluno de Louis Marin, de Jean-Luc Nancy e de Philippe Lacoue-Labarthe. Publicou a obra Assombra. Ensaio Sobre a Origem da Imagem, livro com fotogramas de Marta Maranha e Diogo Saldanha (Lisboa, Assírio & Alvim, 2009). Desde 2004, retomou a sua actividade artística. O seu trabalho com André Maranha – Scena (para duas vozes) – foi apresentado em Lisboa (2008) e em Lucca (Itália, 2009). Em 2012 os dois autores publicaram em conjunto as obras Éden – O filme desta terra e Scena (para duas vozes).  

Ler mais