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Os Tibúrcios: da antiga Roma à Lusitania

Joseia Matos Mira

Sujeito a confirmação por parte da editora



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Detalhes do Produto

Sinopse

Antoninus Publius Flavius, de Tibur, espreguiçou-se na cama de couro e ainda entre o sono e a vigília relanceou os olhos pelo estreito aposento de janela envidraçada e só então se apercebeu que estava em Roma, em casa de Julianus, companheiro de armas de seu pai, tão próxima do Forum que os ruídos dos mercadores lhe invadiam já o restrito espaço em que descansara, tão espartano como só poderia ser o quarto de um tribuno militar, que tantas campanhas batalhara na Bretanha e na Germânia e sempre glorioso regressara a Roma. Perto da janela um «vasculum» com água e uma bacia de estanho esperavam as abluções matinais. O corpo de Antoninus, de harmoniosa musculatura, pernas e braços poderosos, pescoço largo, bem assente entre os poderosos ombros, alto, de compleição majestosa, quem o visse pensaria num deus descido do astro em visita aos humanos para fazer justiça. Debruçou-se sobre a mesa que sustinha a bacia onde a água já rebrilhava sob os beijos da luz matinal. Parida fora Aurora para de imediato parir ela própria o Sol que assomava por detrás das sete colinas.

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Autor

Joseia Matos Mira

Joseia Matos Mira nasceu em Baleizão. Frequenta o liceu de Beja onde conclui os estudos secundários, ingressando em seguida na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licencia em Filologia Românica.

Inicia a sua vida profissional como professora do ensino secundário, carreira que interrompe passados dois anos, em 1973, partindo para Nova Iorque. Passado um ano desloca-se para Montréal (Canadá), onde retoma a carreira docente, como professora de francês em escolas secundárias, obtendo o diploma de professora titular do ensino secundário do Ministério da Educação do Québeque. Simultaneamente matricula-se na Universidade McGill, onde conclui o mestrado e prepara o doutoramento, fazendo os exames preliminares para apresentação de uma tese sobre J. M. G. Le Clézio.

É convidada a leccionar na Universidade de McGill, tendo sido o primeiro professor lusófono «Chargé de cours» no Departamento de Francês daquela prestigiada universidade canadiana.

Discípula do reputado semiótico belga Marc Angenot, que orienta a sua tese de doutoramento. O hábito de escrever veio da adolescência. Aos 16 anos, Joseia vê o seu primeiro texto publicado no jornal Notícias de Beja. Aos 17 anos colabora no jornal Notícias de Serpa, para onde escreve contos e crónicas. Já em Lisboa, com 18 anos, começa a colaborar no jornal República, para onde escreve sobretudo poemas.

Em Montréal frequenta um seminário de criação literária, orientado pelo poeta quebequense Guy Laffont, obtendo a qualificação mais elevada, o que levou o poeta canadiano a aconselhá-la a dedicar-se à escrita.

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