Partilhar

Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Apesar de recolher poemas escritos durante os últimos cinco anos, Onda Desobediente é o livro de Álvaro Seiça em que o tempo de escrita e reescrita e o tempo de publicação estão mais próximos. O livro reúne poemas líricos e políticos com temática e forma diversas, mas sob uma noção comum de desobediência individual e colectiva. Escrever é um acto desobediente — reinvenção da linguagem, do corpo, do espaço social, mas também liberdade e protesto político. 

Dividido em cinco secções, intituladas “Rachid Habibi”, “Entrar no mar como em casa”, “Resistência local”, “Crocodilo cego diz que vê” e “Renatura agora!”, este conjunto de poemas aborda a necessidade de afirmação, o sal e a saliva, as relações familiares e a parentalidade, a fluidez, o desenraizamento e o nomadismo, a procura do mar e da casa, o privilégio solar, a condição de ser imigrante, a literatura, o exílio da língua e o lugar da língua no exílio, as desigualdades sociais, o racismo, a precariedade laboral, o desemprego, o impacto da globalização e do turismo de massas nos saberes, profissões e linguagens locais, sobretudo no sotavento, a resistência face à voracidade do capitalismo multinacional e tecnológico, o cómico comezinho dos dias, o desânimo do estado social, a violência e, finalmente, o desastre ecológico em curso no planeta. 

Este novo volume atravessa também outras longitudes universais, como o afecto, a infância, o amor, a memória, o tempo, a morte, o desejo, a solidariedade, a viagem e a empatia. E depois há o mar, o mar, sempre o mar. Não a representação do mar. E não um mar qualquer. O atlântico.

A obra conta ainda com a reprodução de pequenos desenhos/pinturas de Yannis Kotinopoulos.


Ler mais

Autor

Álvaro Seiça

Álvaro Seiça (n. 1983) é um escritor e investigador residente na Noruega desde 2013. Antes, viveu e trabalhou na Suécia. Foi professor associado em Cultura Digital na Universidade de Bergen (UiB), onde se doutorou em 2018. Entre 2018 e 2021 investigou a poética e a política da rasura no âmbito do projeto “The Art of Deleting”, uma ação Marie Skłodowska-Curie desenvolvida entre a UiB, a Universidade da Califórnia, Los Angeles, e a Universidade de Coimbra, onde se pós-doutorou.

Um dos resultados deste projeto foi a conferência e festival “Erase!”, na qual participaram poetas, artistas e críticos, debruçando-se sobre as práticas de rasura em relação à literatura, artes visuais, política, tecnologia e estética. Neste âmbito, co-organizou a exposição e catálogo Obras Proibidas e Censuradas no Estado Novo, na Biblioteca Nacional de Portugal (2022), e coordenou a coleção “Biblioteca da Censura”, publicada pelo Público e A Bela e o Monstro. A coleção abrange 25 volumes recuperados da biblioteca-arquivo dos Serviços de Censura da ditadura, saindo em fac-símile entre 25 de Abril de 2022 e 25 de Abril de 2024, ao ritmo de um livro por mês, para comemorar os 50 anos da revolução.

Seiça publicou, entre outros, a monografia Transdução (2017), vencedora do Prémio de Ensaio Literário Moser da APEAA, e os livros de poesia Supressão (2019), Upoesia (2019), Previsão para 365 poemas (2018), Ensinando o espaço (2017), Ö (2014) e Permafrost (2012). Participou na Bienal Mediterranea17 em Itália, na Crowd Omnibus Lese Tour na Áustria, no Festival Cúirt na Irlanda, no Poesiefestival Berlim e no Festival Vilenica, na Eslovénia.

Em 2021, publicou 365 vorhergesagte Gedichte, um livro traduzido e recriado em alemão numa colaboração com o poeta suíço Mathias Traxler. A sua poesia está traduzida também em eslovaco, esloveno, espanhol, grego, holandês e inglês.

Ler mais