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O Pintor da Vida Moderna

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Charles Baudelaire

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Sinopse

É difícil imaginar hoje a possibilidade de, em algumas páginas, definir o pintor ou a pintura, o artista ou a arte da vida moderna, pós-moderna, contemporânea, ou como se queira chamar-lhe. Isto é, dirigir-se à actualidade, que sentimos como cada vez mais complexa, e traçar-lhe o retrato, a essa actualidade que temos cada vez mais dificuldade em convocar como realidade, em dizer como experiência, ou sequer em configurar como nome. Em 1863, Baudelaire ousou fazê-lo (ou pôde ainda fazê-lo) a respeito da arte e da vida a que então chamou «modernas». O texto O Pintor da Vida Moderna surge em três partes, em Le Figaro, a 26 e 29 de Novembro e a 3 de Dezembro de 1863, vindo a integrar mais tarde a colectânea dos escritos que Baudelaire por diversas vezes projectou e alterou, e a ser postumamente editado, em 1868, no volume intitulado L’Art Romantique. Não se tratando da primeira aparição do termo «moderno», tratou-se sem dúvida de uma das mais marcantes, inspirando inúmeros comentários posteriores, talvez pela aparição, essa sim, algo inaugural, da noção de «modernidade» e da sua tentativa de teorização, intrinsecamente associada, para Baudelaire, à missão contemporânea da arte, à sua condição e ao seu objecto.

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Autor

Charles Baudelaire

Baudelaire nasceu em Paris a 9 de Abril de 1821, filho de François Baudelaire, então com 62 anos, e da jovem Caroline. Após a morte do marido em 1827, esta desposou o comandante Aupick, mais tarde general e embaixador francês em Espanha, com quem Baudelaire cedo se incompatibilizaria.
 Após a conclusão dos estudos secundários em 1839, Baudelaire, que se revelara um leitor compulsivo de «obras modernas», dedica-se a uma vida boémia e à escrita de poemas. Em 1850, conhece Nerval e Balzac e relaciona-se com Sarah, uma prostituta judia.
 Ao atingir a maioridade reivindica a herança paterna, consome ópio e haxixe (experiência que está na origem de Os Paraísos Artificiais) e relaciona-se com atriz Jeanne Duval.
 Em 1844, os seus bens são interditados judicialmente pela família. Baudelaire escreve em revistas literárias e aproxima-se dos românticos que evoluem para o esteticismo com Théophile Gautier, e dos realistas.
 Em 1846, publica Salão de 1846, onde elogia Delacroix, e no ano seguinte a novela Fanfarlo.
 Participa na luta revolucionária nas barricadas de Paris em 1848 e sente-se próximo dos socialistas utópicos.
 A partir de 1852, saem várias traduções suas de Poe em revistas.
 A 25 de Junho de 1857 é posto à venda o volume com cem poemas de As Flores do Mal. Le Figaro denuncia a imoralidade da obra, que será confiscada.
 1861 é o último ano de intensa criação para Baudelaire, apesar das frequentes manifestações de sífilis. Edita a segunda edição de As Flores do Mal com trinta e cinco novos poemas e estudos sobre Wagner e Victor Hugo.
 Em 1863, Le Figaro publica O Pintor da Vida Moderna, escrito em 1856-1860, e La Revue nationale publica Poemas em Prosa.
 A 7 de Fevereiro de 1865, Le Figaro edita O Spleen de Paris. Mallarmé e Verlaine elogiam Baudelaire, que morre a 31 de Agosto de 1867, sendo sepultado no cemitério de Montparnasse.

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