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Sinopse
Que anda a vida a fazer por aí com a vida do avesso,
porque urina em muros e se despe ao jeito de côdeas
escoiceando o asfalto,
com impulsos divinos, contemplações,
se a única saída que tem para a seta na aljava
é desviar-lhe o alvo, afrouxar-lhe a vertigem
Porque se veste ao jeito de língua lavrando tornozelos,
se a única saída que tem é um desovar pelo ralo,
a água a morrer de sede
e nós, mãos-atadas, borbotando ovos chocos
Que anda a vida a fazer por aí com a vida do avesso,
porque se põe em passos de roda, reflexos de anil,
toda ela feita deusa deslumbrante,
se a única saída que tem para a roupa na corda
é arremessar-lhe vaga-lumes, pequenas abertas
Agora lembrei-me que, depois, morremos por
conta própria.
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