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Sinopse

A primeira nova edição do Fausto em 30 anos.
Uma edição crítica que revisita o génio literário de Fernando Pessoa.

Uma parte crucial do teatro de Pessoa é a reinvenção da lenda do Fausto, que agora chega à sua primeira edição com aparato crítico, em novo volume da colecção dirigida por Jerónimo Pizarro. Revisitando e propondo datações para as centenas de manuscritos que compõem o Fausto, esta nova edição foi feita  a partir do arquivo do poeta: - discute-se a atribuição de cada texto, incluindo-se poemas, fragmentos, planos e listas; - o corpus é apresentado por ordem cronológica, com dezenas de imagens do espólio de Pessoa e vários inéditos em português e em inglês.
Fausto é um ser humano lendário que busca um conhecimento quiçá impossível. Mas a verdade é que o Fausto pessoano pode ser entendido de maneiras diversas: como drama inacabado em cinco actos, ou uma obra inacabável e não-linear. Esta nova edição liberta o Fausto da pretensão de uma unidade não atingida, e a obra ressurge enquanto «novo» livro de poemas sobre a busca incessante do conhecimento e seus abismos.

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Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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