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Sinopse

Já disse e escrevi muitas vezes que considero Jorge de Sena, a par de Fernando Pessoa, o maior escritor e intelectual do século XX português. Escrevesse Sena em inglês (como Conrad ou Nabokov, poderia ter optado por um idioma falado por milhões, que lhe proporcionaria um número muito mais vasto de leitores, maior evidência nos meios literários internacionais e fácil abertura de portas a distinções), seria decerto reconhecido a par dos nomes admiráveis das letras mundiais, porque não lhes fica atrás. Em Portugal, e a despeito dos estudos que lhe vão sendo dedicados, tal grandeza continua a não ser suficientemente evidenciada, sobretudo no que mais importa a um escritor, a leitura frequente e o conhecimento amplo das obras.

Quantas literaturas se podem orgulhar de reunir na mesma década, a de 70 do século XX, poetas de diversas gerações e com o valor estético de Nemésio, Mourão-Ferreira, Sena, Sophia, Eugénio de Andrade, Carlos de Oliveira, Cesariny, Ramos Rosa, O’Neill, Herberto Helder, Ruy Belo, Neto Jorge, Fiama, Gastão, Júdice, Franco Alexandre, Fernandes Jorge, Magalhães? Gostaria de escrever sobre todos e outros mais. Fico-me por agora pelo melhor deles.

[Jorge Vaz de Carvalho]

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Autor

Jorge Vaz de Carvalho

Jorge Vaz de Carvalho, além de músico de carreira internacional, é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Clássica de Lisboa, Mestre em Literaturas Comparadas pela Universidade Nova de Lisboa e Doutorado em Estudos de Cultura pela Universidade Católica de Lisboa. O seu trabalho literário inclui obras de poesia (A Lenta Rendição da Luz, Relógio d’Água, 1992), conto, ensaio e tradução (Ciência Nova de Giambattista Vico, Fundação Calouste Gulbenkian, Prémio de Tradução Científica e Técnica FCT/União Latina 2006; Canções de Inocência e de Experiência de William Blake, Assírio & Alvim, 2009; Vida Nova de Dante Alighieri Relógio d’Água, 2010). Exerce constante actividade de articulista e de conferencista, no país e no estrangeiro. Foi Director da Orquestra Nacional do Porto e Director do Instituto das Artes. É professor e coordenador científico da área de Estudos Artísticos da Universidade Católica Portuguesa.

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