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Sinopse

Preso nos tentáculos de uma sociedade opressora, que asfixia, norteia e sentencia, vergastado por um niilismo passivo, Heitor Duarte é a Humanidade, todos nós, submissos, reduzidos ao tédio e à angústia existencial, embebidos de uma consciência áspera da fugacidade do tempo.

Um tempo que separa as irrecuperáveis vivências douradas dos verdes anos, do lado de lá - preciosas migalhas ofertadas pela memória -   das incolores, do lado de cá - à exceção do seu sol, a filha que tanto ama -  passadas, agora, no Norte do país, num frio outono-inverno da segunda década do século XXI.

Um álgido negrume exterior como metáfora do interior, que mais não é do que uma clara alusão ao desencanto visceral que enregela as entranhas e as horas, e catapulta o protagonista a uma inércia cruciante de condenado a seguir as regras sociais e morais que lhe tolhem a liberdade. Vale-lhe nunca perder a vontade e a fé no Amor, o sentimento que ergue como um facho na escuridão dos dias e das noites, e que o eleva e o leva à perdição, numa fatal ambivalência camoniana.

Uma deliciosa novela, uma orquestra literária de lemas de vida, motes de nomes incontornáveis do panorama nacional que o autor dirige e faz seus, sob uma batuta orgulhosa e incontrolavelmente pessoana, de forma fatalmente romântica, que reproduz o queixume do homem preso a um casamento imposto, que fala a linguagem de um silêncio consentido e castrador, que se adentra e adensa no arrastar dos dias, numa vida que se esfuma sob o peso das convenções…

Luís Ochoa reserva para si o direito de inquietar o leitor, de o levar a rever-se por dentro, a conhecer-se, a criar defesas, sacudindo velhos preconceitos empoeirados.

Duvido se terá noção da impactante pérola narrativa que nos lega, uma lufada de ar fresco literário que muito vai dar que falar…

Cláudia Monteiro, Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

In contracapa “Do Lado de Lá”


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Autor

Luís Ochoa

Cada um carrega o seu vício mais íntimo, o seu abismo, a sua doença secreta, o seu álcool – eu, não sei se como perversão ou mania natural, carrego este: o de não escrever biografias com o detalhe que lhe assiste, isto, como quem relata datas, nomes, feitos. O que tenho como verdadeiramente meu são apenas invisibilidades: gestos imprecisos que trepam pelos dias sem deixarem pegadas claras no chão da história. A minha biografia, habita numa zona entre o vivido e o sentido, entre a realidade concreta e a memória imaginada – uma biografia obscuramente real. E esta é a minha tendência natural, porque sempre me confundiram as normalidades do mundo. Toda a acção da Terra não passa, para mim, de registos vadios da consciência a mover a corpo, e uma alma. E esta, a alma, sim, esta veste as páginas que escrevo, um qualquer registo intemporal da existência, inscrição daquilo que só mais tarde se chamará de vida. Por isso, o que posso dizer aqui, sob a máscara desta biografia, é apenas isto: uma espécie de verdade emocional, subtil, intensa – um rasto que talvez um dia se fixe no grande livro da minha existência, isto é, o espírito. Até lá, sou apenas fragmento, espelho, intervalo.

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