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Coisa que não Edifica nem Destrói

Ricardo Araújo Pereira

Em Stock



16,90 €

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Sinopse

SABEM AQUELE PODCAST DO RICARDO ARAÚJO PEREIRA QUE FALA DE MEDO, DE MOSCAS E DESAVERGONHADAMENTE DE HUMOR? Agora também é um livro, composto pelos textos originais que o humorista escreveu como guião Coisa que não Edifica nem Destrói é uma experiência social em que

Ricardo Araújo Pereira divaga sozinho durante bastante tempo sobre assuntos que o entusiasmam muito mas talvez não interessem a mais ninguém. Às vezes, aborrece as pessoas. O objectivo começou por ser obter o maior número possível de ouvintes, como «quando aquele ovo era a fotografia com mais likes do Instagram, e agora é obter também o maior número possível de leitores. Partindo de temas específicos — como o medo, a precisão de uma piada, excrementos, moscas, irritações e, sempre, o humor —, RAP ilustra os seus argumentos recorrendo a textos, desde a antiguidade clássica até aos nossos dias, que usam a linguagem como motor da eficácia nos mecanismos humorísticos. O podcast homónimo está disponível nas plataformas do Expresso e da SIC. «Vai falar-se desavergonhadamente de humor. É melhor dizer desavergonhadamente, porque isto de um humorista falar do seu ofício é um passatempo que às vezes é não só escarnecido, como até desaconselhado. A primeira frase da História do Riso e do Escárnio, de Georges Minois, é: ‘O riso é assunto demasiadamente sério para ser deixado aos cómicos.’ Ora, eu estou-me borrifando para as advertenciazinhas do Georges e falo do que eu quiser. Mas de facto não falta quem ache esquisito que um humorista se entretenha a falar de humor, e eu tenho impressão que isso se deve a algumas expectativas que nós costumamos ter não só em relação ao humor, mas também, por extensão, aos humoristas. Por exemplo, isto não acontece em outras área de actividade, muito pelo contrário. O que causaria estranheza seria que um músico, um pintor ou um realizador não tivessem uma ideia sobre o que o seu trabalho deveria ser. E um escritor que não saiba nada de literatura é, aliás, muito justamente, reputado de idiota. Quando se trata de humor, parece que se considera que falar do assunto estraga uma espécie de magia, ou destrói aquela espontaneidade que está normalmente associada ao discurso humorístico. Mas convém não perder de vista que essa espontaneidade é quase sempre apenas aparente e que é tanto mais persuasiva e eficaz quanto melhor for fingida. No fundo, o que eu quero dizer é que isto do humor tem tanto de místico como qualquer outra forma de escrita ou de trabalho, ou seja, nada.» —RICARDO ARAÚJO PEREIRA 


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Autor

Ricardo Araújo Pereira

Ricardo Araújo Pereira (Lisboa, 1974) é licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, e começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras. É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o Gato Fedorento. Escreve semanalmente no Expresso (Portugal) e na Folha de S. Paulo (Brasil) e é um dos elementos do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias). É autor e apresentador de Isto É Gozar Com Quem Trabalha (SIC) e do podcast Coisa Que não Edifica nem Destrói (SIC e Expresso). Com a Tintadachina, publicou oito livros de crónicas — Boca do Inferno (2007), Novas Crónicas da Boca do Inferno (Grande Prémio de Crónica APE 2009), A Chama Imensa (2010), Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013), Reaccionário com Dois Cês (2017), Estar Vivo Aleija (2018), Idiotas Úteis e Inúteis (2020) e Ideias Concretas Sobre Vagas (2022) —, além dos volumes de Mixórdia de Temáticas, que reúnem os guiões do programa radiofónico, e de um ensaio: A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar (2016, também publicado no Brasil). No Brasil estão ainda publicadas as colectânea Se não Entenderes Eu Conto de Novo, Pá e Estar Vivo Machuca (Tinta-da-china Brasil, 2012 e 2022). Coordena a colecção de Literatura de Humor da Tinta-da-china, que inclui livros de Charles Dickens, Denis Diderot, Jaroslav Hašek, Ivan Gontcharov, Robert Benchley, S.J. Perelman, George Grossmith, José Sesinando, Mark Twain, Campos de Carvalho e Machado de Assis. É o sócio n.º 12 049 do Sport Lisboa e Benfica.


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