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Mixórdia de Temáticas, Série Lobato

Ricardo Araújo Pereira

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Sinopse

Mixórdia de Temáticas: das ondas da rádio para a prateleira lá de casa, agora com a infame série Lobato.

Já ouviu as rubricas radiofónicas de Ricardo Araújo Pereiras nas manhãs da Rádio Comercial, no trânsito ou no comboio a caminho do trabalho; já as encontrou nas redes sociais e partilhou com mais alguns amigos; e agora já as pode ler e guardar em formato de livro.

Depois de vender mais de 50 mil exemplares com as versões em livro das séries Ribeiro e Miranda, chegou a vez da Série Lobato, uma das mais queridas do público, que contém gatos fofinhos, jedis de Fafe e seres mitológicos metade peixe/metade mulher que são escamados impiedosamente. 

«Eu: Bom, esteve-se ali um bocadinho a contemplar nalgas bem contempladas, houve malta que tirou fotografias, e o Rocha todo contente, porque ele é que tinha descoberto as nalgas. Nisto, a senhora acaba de urinar, levanta-se e o Rocha percebe que é a mulher dele. E diz o Rocha: ‘Eh, mas o que é isto? Parece que nunca viram umas nalgas. Mas que é isto? Tudo de roda das nalgas da minha esposa?’ E diz o Zé Carlos: ‘Ó Rocha, a tua esposa é que veio urinar em património mundial. Uma pessoa vem ver património, leva com as nalgas da tua esposa. Eu sou muito sincero: eu vim mais pelo património.’

Pedro: E depois? O que é que se passou?

Eu: Depois, o Zé Carlos perguntou: ‘Olha lá, ó Rocha, como é que tu não viste logo que eram as nalgas da tua esposa? Não conheces as nalgas da tua esposa?’ E o Rocha: ‘Eh pá, eu já não as via há muito tempo. Nos primeiros anos do casamento via-as todos os dias, mas depois o contacto vai-se perdendo, é como tudo. Há mais de 20 anos que não as via.’ E diz o Zé Carlos: ‘Por isso é que eu defendo há muito tempo que devia haver um Facebook de nalgas. Nalgas que a gente não vê há muito tempo, vai à procura delas no Facebook e sempre mantém algum contacto com nalgas antigas. E organiza-se um jantar, e tal. Nada disto acontecia se tu fosses amigo das nalgas da tua mulher no Facebook.’

Vanda: Então mas isto é que é uma história enriquecedora em termos humanos?

Eu: Então, tem turismo, tem ideias para novas tecnologias, tem nalgas. O que é que se quer mais? As pessoas, às vezes, também gostam de chatear por chatear.» 


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Autor

Ricardo Araújo Pereira

Ricardo Araújo Pereira (Lisboa, 1974) é licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, e começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras. É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o Gato Fedorento. Escreve semanalmente no Expresso (Portugal) e na Folha de S. Paulo (Brasil) e é um dos elementos do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias). É autor e apresentador de Isto É Gozar Com Quem Trabalha (SIC) e do podcast Coisa Que não Edifica nem Destrói (SIC e Expresso). Com a Tintadachina, publicou oito livros de crónicas — Boca do Inferno (2007), Novas Crónicas da Boca do Inferno (Grande Prémio de Crónica APE 2009), A Chama Imensa (2010), Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013), Reaccionário com Dois Cês (2017), Estar Vivo Aleija (2018), Idiotas Úteis e Inúteis (2020) e Ideias Concretas Sobre Vagas (2022) —, além dos volumes de Mixórdia de Temáticas, que reúnem os guiões do programa radiofónico, e de um ensaio: A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar (2016, também publicado no Brasil). No Brasil estão ainda publicadas as colectânea Se não Entenderes Eu Conto de Novo, Pá e Estar Vivo Machuca (Tinta-da-china Brasil, 2012 e 2022). Coordena a colecção de Literatura de Humor da Tinta-da-china, que inclui livros de Charles Dickens, Denis Diderot, Jaroslav Hašek, Ivan Gontcharov, Robert Benchley, S.J. Perelman, George Grossmith, José Sesinando, Mark Twain, Campos de Carvalho e Machado de Assis. É o sócio n.º 12 049 do Sport Lisboa e Benfica.


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