Abílio Araújo, natural de Aileu, Timor‑Leste é casado com uma portuguesa e tem duas filhas e dois netos. Foi o primeiro timorense a ingressar no então ISCEF, Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa, em 1971. Descendente da Casa Nobiliárquica de Bismau do Reino Antigo de Suru‐Ainaro, donde herda o título de Dato Siri Loe II, Abílio Araújo faz parte do rol dos fundadores do Movimento de Libertação Nacional, juntamente com Nicolau Lobato, Xavier do Amaral, Borja da Costa, Mari Alkatiri, Ramos Horta e outros. Autor do Programa e Manual Político da FRETILIN, foi nomeado Ministro de Estado para os Assuntos Económicos e Sociais do I Governo da RDTL, proclamada em 28 de Novembro de 1975. Eleito Secretáriogeral e mais tarde Presidente da FRETILIN, assumiu, por inerência de funções, o cargo de Presidente da RDTL, em 1981. Protagonizou e iniciou os Encontros de Reconciliação de Londres (1993 e 1994 que abriram caminho ao Referendo de 30 de Agosto de 1999. Neste processo, Abílio Araújo abandonou a FRETILIN sem que isso o obrigasse a abandonar o seu sonho e ideário nacionalistas. Ultrapassado o período da ruptura com os seus companheiros de luta, Abílio Araújo regressou a Timor‐Leste onde acompanha a evolução política do seu País e participa como economista, gestor e homem de negócios no seu desenvolvimento económico. É ainda compositor dos hinos timorense Foho Ramelau, Kdadalak Sulimutuk e Fununain Falintil.