Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789895660384
- Número de páginas: 564
- Capa: Brochada
Sinopse
• O golpe de Estado protagonizado em 25 de Abril de 1974, por vasto número de militares, maioritariamente pertencentes ao Exército, constituiu a força motora para Portugal acertar contas com a História, procedendo à transferência e entrega do poder nas antigas colónias portuguesas às lideranças dos seus povos.
• Aceitei o desafio do comandante Carlos Almada Contreiras para dar corpo a um livro que versasse o lapso de tempo entre 25 de Abril de 1974 e a data da independência de Angola. E isto, porque os acasos da vida proporcionaram-me uma tribuna privilegiada para assistir ao nascimento de uma nova nação, em virtude de, no cumprimento do serviço militar obrigatório, ter sido mobilizado para prestar serviço em Angola e ali colocado como secretário da CCPA (Comissão Coordenadora do Programa em Angola). No desempenho dessas funções fui o autor de algumas fontes primárias citadas nesta obra, nomeadamente, as que contemplam o período compreendido entre Fevereiro e Outubro de 1975.
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No discurso de encerramento da cimeira [de Alvor], o PR [Gen. Costa Gomes] congratulou-se com o fim de um capítulo “que forças retrógradas prolongaram injustamente”, elencando de seguida as etapas conducentes à declaração de independência a 11 de Novembro de 1975. Reconheceu os três ML como os legítimos representantes do povo angolano e apelou à sabedoria dos dirigentes para saberem encontrar “soluções angolanas autênticas”. (Pág. 137)
[Agostinho Neto] Afirmou ainda que “o elemento fundamental para o êxito da luta de libertação foi finalmente adquirido e não consentiremos mais que as divergências não fundamentais sejam transformadas pelos nossos inimigos em disputas graves”. (Pág.138)
O Alm. Rosa Coutinho refere ao cônsul-geral dos EUA em Luanda as suas impressões sobre o Acordo de Alvor. Considerou-o como o melhor que poderia ter sido conseguido, dado o espírito de cooperação entre os ML não ser muito sólido, mas seria o bastante para trabalharem em conjunto. Acreditava que o mecanismo de governo acordado deveria perdurar por uns quantos meses, até à independência. (Pág. 140)
Henry Kissinger dá instruções ao seu consulado-geral em Luanda para, em nome do povo e do governo norte-americano, manifestar satisfação pelo sucesso das conversações que “levaram à formação do governo destinado a conduzir Angola durante o período de transição até à independência”, e reforçar a ideia de cooperação futura entre os povos dos EUA e de Angola, donde resultassem benefícios mútuos. (Pág. 145)
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