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Sinopse

Publicado em 1945, A Rosa do Povo é o livro politicamente mais explícito de Drummond. É um poderoso olhar sobre a Segunda Guerra, a cisão ideológica, a vida nas cidades, o amor e a morte.
Tudo isso é observado a partir daquela que então era a capital do país. O Rio de Janeiro, nossa primeira grande cidade cosmopolita, ocupa uma posição privilegiada nos poemas, a ponto de muitos críticos compararem a visão de cidade expressa pelo autor mineiro àquela de Charles Baudelaire (1821-1867), o poeta francês que foi o primeiro grande cantor da experiência urbana. Pois é escrevendo a partir desse Rio de Janeiro que se urbanizava freneticamente, dando as costas ao passado, que Drummond fala da guerra e de seus desdobramentos no continente europeu e presta o seu tributo aos milhões de civis que pereceram no conflito, além de refletir sobre a própria possibilidade de expressar todos esses acontecimentos em verso.
Formalmente falando, A rosa do povo é um livro que pertence ao alto modernismo, em que Drummond experimenta o verso espraiado à maneira de Walt Whitman, ironiza o passado literário brasileiro e exercita as mais diversas formas e dicções nos cinquenta e cinco poemas reunidos no volume.
Com sua beleza e profundidade, A Rosa do Povo traz um Drummond de vasto escopo temático. A personalidade do poeta, a família, o quotidiano e a História comparecem com inaudita força neste livro. Trata-se de um testemunho de suas ideias e afetos num momento da vida em que experimentava a maturidade e já começava a olhar para o passado enquanto captava, como poucos autores, os sinais confusos de seu próprio tempo.

 

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Autor

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (1902‐1987), poeta, cronista, ficcionista, tradutor, foi uma das figuras maiores da literatura brasileira do século xx, a par de Manuel Bandeira e João Guimarães Rosa. Com uma longa carreira literária, produziu extensa obra em quase todos os géneros disponíveis, deixando ainda vasto conjunto de inéditos. Apesar de se ter notabilizado sobretudo na poesia, a obra de cronista e contista é a de um prosador exímio, tão raro e singular quanto o poeta. Homem tímido e delicado, trabalhou como funcionário público durante 35 anos, viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro, embora tenha nascido em Itabira, no estado de Minas Gerais, tendo-se mantido sempre entre o elevador e a roça, como explicou num dos seus primeiros poemas: «No elevador penso na roça,/na roça penso no elevador». Também na prosa Drummond pensa na poesia (e na poesia pensa na prosa), pelo que o humor, o sentimento do mundo e a consciência do tempo que caracterizam uma são traços distintivos da outra.

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