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Sinopse

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VOLTA À COLECÇÃO «OS MELHORES DELES TODOS»: AGORA EM PROSA

«Não há muitos prosadores, entre nós, que tenham consciência do tempo, e saibam transformá-lo em matéria literária»: o diagnóstico, feito pelo próprio Carlos Drummond de Andrade no seu primeiro livro de prosa, Confissões de Minas (1944), pode sem dificuldade ser usado a favor dele, pois se há evidência manifesta nestes Contos Plausíveis é que Drummond é um desses raros prosadores que sabem transformar a consciência do tempo em matéria literária. A transformação dá-se com muito especiais resultados nos breves contos que compõem este volume, editado originalmente em 1981 e constituído por um conjunto de textos que o escritor foi publicando ao longo de vários anos na coluna que assinava no Jornal do Brasil. «Como estou bem nesta poltrona de humorista inglês», diria decerto o Carlos poeta a este prosador que morava nele, iluminando a extraordinária experiência de leitura que aqui nos oferece, numa das versões mais agudamente bem-humoradas do seu sentimento do mundo (e do imundo). Guimarães Rosa, sempre atento, sumarizou em superlativo: «Carlos Drummond de Andrade é, a meu ver, o maior prosador do idioma, e dificilmente será superado.» Colecção dirigida por Abel Barros Baptista e Clara Rowland.


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Autor

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (1902‐1987), poeta, cronista, ficcionista, tradutor, foi uma das figuras maiores da literatura brasileira do século xx, a par de Manuel Bandeira e João Guimarães Rosa. Com uma longa carreira literária, produziu extensa obra em quase todos os géneros disponíveis, deixando ainda vasto conjunto de inéditos. Apesar de se ter notabilizado sobretudo na poesia, a obra de cronista e contista é a de um prosador exímio, tão raro e singular quanto o poeta. Homem tímido e delicado, trabalhou como funcionário público durante 35 anos, viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro, embora tenha nascido em Itabira, no estado de Minas Gerais, tendo-se mantido sempre entre o elevador e a roça, como explicou num dos seus primeiros poemas: «No elevador penso na roça,/na roça penso no elevador». Também na prosa Drummond pensa na poesia (e na poesia pensa na prosa), pelo que o humor, o sentimento do mundo e a consciência do tempo que caracterizam uma são traços distintivos da outra.

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