
A Parenética Portuguesa e a Dominação Filipina
João Marques
Sujeito a confirmação por parte da editora
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Detalhes do Produto
- Editora: Imprensa Nacional Casa da Moeda
- Categorias:
- Ano: 2010
- ISBN: 9789722712309
- Número de páginas: 596
- Capa: Brochada
Sinopse
Estudo histórico pioneiro, assente em vasto acervo textual, que revela a interferência da pregação
portuguesa de matriz patriótica, ao longo do domínio filipino, na defesa e investigação do sentimento
autonomista, esteio da identidade pátria, então sempre mais violentado que esmorecido. Na crítica,
certeira ou ambígua, às medidas legislativas, administrativas e políticas tomadas no decurso dos sessenta
anos de monarquia dual, face à situação concreta do reino e seu império ultramarino, fomentou-se no
púlpito, o mais poderoso meio de comunicação social da época, o descontentamento crescente da nação e
a ânsia de reaver a independência tida por usurpada. O mito sebastianista e o carisma messiânico de povo
eleito foram suportes ideológicos da identidade lusa e estímulos para que o libertador encoberto e
esperado acabasse por surgir. Através de um discurso intencional ou insinuado, os oradores sacros,
recorrendo a figuras e alegorias bíblicas acomodadas às circunstâncias históricas surgidas, actuavam no
ânimo da comunidade e assim preparavam o triunfante golpe político de 1640.
João Francisco Marques, doutor em História, catedrático jubilado da Universidade do Porto e
investigador nas áreas da História Religiosa, da História das Mentalidades e da História Literária, tem
publicado numerosos estudos, nomeadamente José da Silva Tavares e a Actividade Contra-
Revolucionária no Período do Liberalismo (1975), José Régio e Flávio Gonçalves, Caminhos de Uma
Amizade (1978), A Parenética Portuguesa e a Restauração (1989), O Clero Nortenho e as Invasões
Francesas (1991), A Arquidiocese de Braga na Evangelização do Além-Mar (2002), A Acção da Igreja
no Terramoto de 1755 (2006), A Utopia do Quinto Império e os Pregadores da Restauração (2007) e
Morte e Sepultura. Oratória Fúnebre de Vieira (2009).