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Vinte Anos de Poesia Ortónima - Volume I - 1915-1920

Fernando Pessoa

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Detalhes do Produto

Sinopse

«A série Vinte Anos de Poesia Ortónima divulga os principais poemas escritos em português por Fernando Pessoa entre 1915 e 1935 que estão fora da produção

heteronímica e das raras publicações em vida. São poemas formalmente completos, ou quase, que testemunham a escrita pessoana desde a revista Orpheu até ao último ano do nosso maior poeta do século XX. O texto baseia-se,com ligeiras adaptações, na ‘Edição Crítica de Fernando Pessoa’ publicada pelaImprensa Nacional. Este volume, que reúne a poesia de 1915 a 1920, produz uma impressão de caleidoscópio experimental, tal a diversidade de estilos, temas, tonalidades e programas de escrita nela documentada. O espectro abrange tanto explorações de um certo simbolismo decadente como as experimentações do estilo coloquial controlado de que Pessoa se revela um poderoso manejador.

Aqui encontram-se ainda sinais do que virá a ser Mensagem, bem como um que outro poema de inclinação talvez heteronímica.»


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Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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