Vinhos: arte e manhas em consumos sociais centra-se na abordagem sociológica da vertente social e simbólica do consumo dos vinhos, corrente e do Porto, enquanto prática social quotidiana em espaços semipúblicos portuenses. Pretendendo problematizar os usos do tempo e do espaço que a propósito do consumo daqueles vinhos se fazem, bem como quotidianos públicos e interacções simbólicas daí decorrentes, a investigação incidiu em dinamismos, emergentes e decorrentes de consumos vínicos em espaços públicos diferenciados, passíveis de traduzir: i) representações, apropriações, regularidades; ii) ritualizações, arte(s) e estratégias do beber enquanto magia, simbolismo, iniciação, cerimonial e participação distintiva; iii) aspirações e ascensões sociais, concretizações e legitimações; iv) sociabilidades que, associadas ao consumo do vinho in loco, são passíveis de se estabelecerem em função da apropriação da devida gramática comportamental. O trabalho empírico decorreu no Solar do Vinho do Porto e nos Centros Históricos do Porto e de Vila Nova de Gaia, de onde foram seleccionados os estabelecimento salvo com vista à concretização do plano de pesquisa.