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Sinopse

Álvaro Rodrigues Silvestre vive um casamento falhado e estéril, gerado pela conveniência de antigos interesses familiares, na pequena aldeia de Montouro, espaço provinciano onde todas as biografias se cruzam, se intrometem umas nas outras. Num outono chuvoso e lamacento, as vidas dos protagonistas de Uma Abelha na Chuva afundam-se num ciclo trágico de mentiras, vingança e amores frustrados, que põe a nu a estrutura social de um Portugal pobre, desamparado, do século xx. Lançada em 1953, esta é uma obra incontornável do neorrealismo português, que marca o reconhecimento literário de Carlos de Oliveira, e que em 1971 deu origem ao filme homónimo do realizador Fernando Lopes. 

«A abelha foi apanhada pela chuva: vergastadas, impulsos, fios do agua- ceiro a enredá-la, golpes de vento a ferirem-lhe o voo. Deu com as asas em terra e uma bátega mais forte espezinhou-a. Arrastou-se no saibro, debateu-se ainda, mas a voragem acabou por levá-la com as folhas mortas.»

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Autor

Carlos de Oliveira

Carlos de Oliveira nasceu em 1921, em Belém do Pará, filho de pais portugueses emigrados no Brasil. Tinha apenas dois anos quando a família regressou a Portugal. Na cidade que o acolheu, Coimbra, participou no grupo do Novo Cancioneiro, na génese do movimento Neorrealista, de que viria a ser uma das maiores vozes. Colaborou nas revistas Altitude e Seara Nova, e dirigiu durante algum tempo a revista Vértice. Começou a destacar-se com os seus livros de poesia – Mãe Pobre (1945), Micropaisagem (1968), Pastoral (1977), entre outros. O seu trabalho distingue-se pela constante depuração da escrita e pelo questionamento do gesto autoral, levando-o a corrigir e reescrever quase todos os seus trabalhos até ao final da vida: são disso exemplo os seus romances Casa na Duna (1943), Pequenos Burgueses (1948), Uma Abelha na Chuva (1953) ou Finisterra (1978). Faleceu em Lisboa a 1 de julho de 1981.

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