Partilhar

17,70 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Rol de Cornudos apresenta, como num dicionário – para facilidade de manejo e como garantia de rigor científico –, uma infindável galeria de cidadãos vítimas mais ou menos conscientes da «instabilidade sentimental das esposas». Esta é uma lista das variantes de cornudos que, segundo Cela, com o seu habitual humor astuto e brilhante, compõem a espécie humana na sua variante zoológica masculina. Os protagonistas são classificados em tipos e subtipos, com as respetivas características minuciosamente definidas e estudadas. Com paciência, tenacidade e uma assombrosa documentação literária, Camilo José Cela lança-se à tarefa de catalogar a abundância dessa espécie. Pode tomar-se o livro como um roteiro de «marginalizados e ofendidos», como um exercício de estilo puro e simples, como um labirinto jocoso de tipos humanos que caíram em desgraça, como um jogo que nos coloca no tabuleiro dos preconceitos e azares de sociedade – ou, finalmente, como um roteiro bem-humorado de personagens vagamente literários, vagamente vizinhos e próximos, vagamente risíveis e heroicos, todos eles identificados pelas suas virtudes.

«Espanha existe porque Cela a escreve. Quando já tiver passado o tornado da vulgaridade, o cosmopolitismo de centro comercial e o best-seller mal imitado do inglês, voltarão a ler Cela.» Francisco Umbral

«Existe um espaço secreto para Cela no seu melhor, como um dos grandes estilistas da prosa plural de Espanha – um homem que escreve perigosamente.» Roberto Bolaño

«Hoje — e como consequência da luta travada pelas mulheres em prol da justa reivindicação dos seus direitos — talvez seja possível começar a encarar a hipótese de que também pode haver cornudas.» Camilo José Cela


Ler mais

Autor

Camilo José Cela

Camilo José Cela (1916-2002) tornou-se conhecido logo com o seu primeiro romance A Família de Pascoal Duarte (1942), a que se seguiram títulos como A Colmeia, ou Mazurca para Dois Mortos. Obteve o Prémio Príncipe das Astúrias (1987), o Nobel da Literatura (1989), o Planeta (1994) e o Miguel de Cervantes (1995). A sua prosa marcou a literatura espanhola com a sua crueza e a sua crueldade, a jovialidade e o tom clássico – mas também com a coragem que o tornou antipático a muitos e uma personagem literária inconveniente. Absolutamente brilhante.

Ler mais