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Outras Paragens - Uma Pequena Antologia

Eça de Queirós

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Sinopse

Na história da literatura portuguesa de viagens, o nome de Eça aparece sobretudo devido a O Egito. Notas de Viagem - apontamentos durante a inauguração do canal de Suez. Mas o gosto pela viagem e pela descrição de paragens distantes, pelo exótico e pela aventura, pelas civilizações e pelo xadrez da política internacional aparece em toda a sua obra, disperso em vários títulos, de ficção ou de crónica e comentário. Este livro reúne alguns desses textos, em romances como A Cidade e as Serras ou A Relíquia, ou através das notas e correspondências que escreveu para a imprensa acerca de Paris, da China e do Japão, de Londres ou do Egito - além de um magnífico retrato de Lisboa. Sério e cosmopolita, romântico e cínico, jornalístico ou erudito, este é um Eça disperso e sempre atento ao mundo, às suas transformações - e que nunca perdeu o gosto pela viagem. Há textos maravilhosos e divertidos, textos de grande informação e cheios de curiosidades, sempre sob a batuta de um génio surpreendente.

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Autor

Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós, conhecido como Eça de Queirós ou Eça de Queiroz, (1845-1900). Um dos maiores escritores portugueses de toda a história e considerado o melhor realista português do século XIX. Em 1871, com a colaboração de Ramalho Ortigão, escreveu a novela policial "O Mistério da Estrada de Sintra". Em 1871, Eça de Queirós proferiu em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa. Em 1875, publica o romance "O Crime do Padre Amaro", marco inicial do Realismo em Portugal, onde fez uma crítica violenta da vida social portuguesa, denunciando a corrupção do clero e a hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica apareceria também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", de 1880, e em "Relíquia", de 1887. Em 1888, foi nomeado cônsul em Paris, ano em que publica "Os Maias", considerado como a sua obra-prima. No romance observou-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queirós, deixando-se transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade. Surgia então uma nova fase literária, em que Eça deixava transparecer uma descrença no progresso. A partir de então, passou a manifestar a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo, principalmente retratados nos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", no conto "Suave Milagre" e em diversas biografias religiosas.

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