Partilhar

O Retrato de Mr. W.H.

Oscar Wilde

Disponível



Desconto: 10%
11,69 € 13,00 €
Wishlist Icon

Poderá gostar

Desconto: 10%
9,99 € 11,10 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
9,90 € 11,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
11,93 € 13,25 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
7,21 € 8,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
10,75 € 11,95 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
17,50 € 19,45 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

A máscara a ocultar os espaços proibidos do puritanismo vitoriano.
O elogio do andrógino e do seu mito, essa mesma totalidade que São Tomé preconiza no seu Evangelho gnóstico.
Divagação sobre a máscara ou a própria máscara — dir-se-á da obra literária de Oscar Wilde em muitos dos seus momentos. E na «Verdade das Máscaras», ensaio seu de 1885, lê-se a frase que as defende como oportunidade e as destina a uma superior intervenção no teatro: «As verdades metafísicas são as verdades das máscaras». Oscar Wilde consente-lhes a função do rosto sobrecarregado por verdades impossíveis ao suporte orgânico do actor; e que a sua leitura (inteligente, exterior) seja o sublime prolongamento da expressividade corporal, suporte de um conhecimento além-corpo-e-talento ou chave da câmara secreta que encerra — sempre — uma explicação satisfatória da personagem. Trata-se, pois, de uma aliança entre o leitor da máscara e o seu criador, de um pacto em que ambos vão interrogá-la de frente.
[…]
Olhar por detrás da máscara não será em Oscar Wilde indício de má-consciência. Magoado com o meio social que o hostiliza, faz dela um recurso e um rosto ocultador, utiliza-a como um passaporte que permite — com o que supõe menor risco — aflorar as regiões superiores da sensibilidade.
[…]
O Retrato de Mr. W.H. é, na obra do autor, um texto singular: pelo tema; pela forma híbrida de ensaio e conto — a ambiguidade que melhor serve o seu inquérito sobre W.H., conduzido à maneira de uma ficção policial-dedutiva (bizarra, de facto, porque não espreita actos e comportamentos do tempo do texto, mas versos antigos de mais de uma centena de sonetos). O Retrato de Mr. W.H. colecciona créditos e depois nega-os, deixando sistematicamente em falso o último elo da cadeia dos factos; acrescenta-se com deduções e hipóteses de natureza ensaística que a acção do conto, com jogadas sucessivas, anula.


[Aníbal Fernandes]

Ler mais

Autor

Oscar Wilde

Oscar Wilde (Dublin, 1854-Paris, 1900) foi talvez o mais importante dramaturgo da época vitoriana. Criador do movimento dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra, um livro de poemas, em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro, no ano seguinte. Em 1884, casou com Constance Lloyd, e a partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como O Leque de Lady Windemere, Um Marido Ideal e A Importância de se Chamar Ernesto, e um único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por muitos como a sua obra mais bem conseguida. Mordaz e irónico, Oscar Wilde alcançou enorme sucesso com as suas comédias de salão. Porém, em 1865, foi atingido pela adversidade: acusado de homossexualidade, foi violentamente atacado pela imprensa, tendo caído em desgraça. O processo judicial em que se viu envolvido levou-o à prisão, ao ser condenado a dois anos de trabalhos forçados. Cumprida a pena, abandonou definitivamente Inglaterra e fixou-se em Paris, onde viria a morrer em 1900.


Ler mais