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Sinopse

A nossa identidade, diz Taylor, é construída a partir do reconhecimento dos outros. O não reconhecimento ou o reconhecimento não adequado pode ser uma ofensa ou uma injustiça [...] Nos tempos pré-modernos, o reconhecimento não constituía um problema, uma vez que estava construído sobre uma hierarquia de desempenhos sociais. Contudo, no século XVIII, duas coisas sucederam: a dignidade substituiu a hierarquia e a identidade pessoal passou a ser encarada como vinda de dentro. A identidade era, agora, algo que cada pessoa tinha de alcançar sendo verdadeiro para com o seu «autêntico» ser. Mas a identidade, mesmo quando vinda de dentro, requer a confirmação pelos outros, sendo que a compreensão própria, de acordo com Taylor, é «dialógica» e não «monológica». O «multicultural» luta pelas minorias e outros grupos, tal como certas formas de feminismo, procurando o reconhecimento dos membros destes grupos que necessitam estabelecer uma forte identidade. A política do reconhecimento igual, afirma Taylor, surgiu com dois significados diferentes: por um lado, o reconhecimento igual é assegurado «por um idêntico cabaz de direitos e imunidades» para todos, assente nas universais características humanas e na cegueira para as diferenças utilizadas com fins discriminatórios; por outro lado, o reconhecimento igual requer direitos e autorizações especiais para grupos aviltados ou cuja cultura se encontra limitada. Para esta «política de diferença» a diferença cega equivale a negligenciar e fazer desaparecer gente «diferente». Estes dois pontos de vista, diz Taylor, têm raízes na dignidade igual. «A apresentação de Taylor, de um multiculturalismo liberal, é uma contribuição original e importante para o debate actual. Os outros colaboradores desta obra, por sua vez, levantam questões interessantes ligadas ao argumento de Taylor. Estes ensaios... elevam o debate a um novo nível...» Lawrence Blum, Boston Review «Esta nova edição de um livro famoso combina filosofia e ciência social para examinar os conceitos multiculturais circundantes da política.» Reviewer's Bookwatch


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Autor

Charles Taylor

Charles Taylor (n. 1931) é Professor Jubilado de Filosofia da McGill University em Montreal, Canadá. Autor de vasta e diversificada obra filosófica, em que se destacam Hegel (1975), Sources of the Self: The Making of Modern Identity (1989), The Ethics of Authenticity (1992) e A Secular Age (2007), muito tem contribuído para a compreensão e explicitação dos valores e bens que caracterizam a cultura e a identidade ocidentais.
Reconhecido como um dos nomes maiores da Filosofia Social e Política contemporânea, pela acção e pela reflexão, Charles Taylor foi agraciado com a mais alta condecoração civil canadiana, a Ordem do Canadá, é Grande Oficial da Ordem Nacional do Quebeque, tendo-lhe sido atribuído, em 2007, o Prémio Templeton e, em 2008, o Prémio Kyoto.

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