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Sinopse

Há versos que, logo depois de virem até à luz de um espírito, tomam conta dela. Como uma respiração mais funda ao nosso lado, uma simetria desoladora. Abrem um capítulo e começam a escrever a sua história, feita de frases que se escapam à nossa mão e se nos impõem. Ao vê-las já encaminhadas, não podemos deixar de suspeitar de que carregam um peso diferente, uma inclinação diferente do corpo, alterando o próprio ritmo do sangue. [...] A morte é um tema obsessivo na poesia de todos os tempos, e desgraçadamente repetitivo no nosso, mas é o momento em que deixa de ser uma rábula narcísica, um medo obsessivo, que se torna possível contemplá-la. E é isso que Michaux faz neste texto. [...] A fortuna mais uma vez, a fortuna com língua de azeite, tendo lavado as minhas feridas, a fortuna como um cabelo que apanhamos e que entrançaríamos com os nossos, tendo-me agarrado e unido indissoluvelmente a ela, de repente quando eu já saboreava a alegria, de repente a Morte veio e disse: «Chegou a hora. Anda.» A morte para todo o sempre, a morte agora.

Rui Caeiro, Nota Introdutória

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Autor

Henri Michaux

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