Partilhar

18,00 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Message est l’un des plus grands poèmes de la poésie portugaise. C’est aussi le seul livre que Fernando Pessoa ait publié de son vivant en portugais. Au moment de sa publication, en octobre 1934 (un peu plus d’un an avant la mort du poète), l’Europe des Lumières et de la Liberté succombait à l’avancée des dictatures modernes et à la montée en puissance des nationalismes expansionnistes et de l’impérialisme matériel qui, quelques années plus tard, allaient déclencher la Seconde Guerre Mondiale.

C’est dans ce cadre de décadence générale de l’Europe, et de son pays en particulier, que Pessoa évoque, dans les vers de Message, les grands événements et les protagonistes liés à la genèse du Portugal, à la période glorieuse des Explorations maritimes puis à son déclin, qui devait déboucher, d'après le poète, sur la construction future d’un empire nouveau et différent: le Quint-Empire, de nature spirituelle, messianique et millénariste.

Introduite et annotée par António Apolinário Lourenço, cette édition bilingue de Message offre aux lecteurs une nouvelle traduction et un guide pour la compréhension et l’interprétation de ce poème, à la lumière de l’histoire du Portugal et des doctrines du christianisme ésotérique et hétérodoxe, qui jouèrent un rôle central dans la formation intellectuelle de Fernando Pessoa.

Cette édition bilingue est traduite par Élodie Dupau et illustrée par Fatinha Ramos


Ler mais

Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

Ler mais